terça-feira, 26 de maio de 2009

I had a dream

Ambicionamos o impossível!
Não há impossíveis!, cremos. E assim como, para nós, não existe a palavra nunca, também não existem impossíveis. Mas, nesta matéria pelo menos, tudo parece ser sempre impossível.
Impossível de existir, impossível de acontecer, mas tudo menos impossível de imaginar.
Porque é que não nos basta a realidade para nos satisfazer, porque haveremos de arriscar, imaginando o impossível, e pondo em causa o futuro?
Se não o escrevesse, se calhar, não o poria… apenas perder-se-ia no imaginário. Mas de que vale mantê-lo escondido provocando um desabar de dúvidas ainda piores do que uma imaginação, um pensamento ou um conjunto de pensamentos que, separados, podem ser inofensivamente perigosos, mas que juntos matam? De que vale pensar, querer acreditar para depois perder tudo no imaginário? Como sempre, ninguém percebe nada. Ainda bem... assim temos o futuro garantido. Pelo menos por enquanto.
Tinha saudades de imaginação nocturna que, embora seja completamente dominada pelo subconsciente, desordenada, confusa e imprevisível, é deliciosamente rica. Tínhamos saudades de, conscientemente, sonhar.
Tinha saudades de sonhar com o impossível, de acordar e continuar deitado, sem tempo, sem pressa, e, sem tempo mas com pressa, reconstruir o sonho que se apaga apressadamente da memória. De, a pouco e pouco, no escuro cada vez mais iluminado pelas ideias e pela luz, reconstruir a agitada noite sonhada, só para me aperceber, com eles ainda a dormir, que o que sonhei é impossível.
Infelizmente foi um sonho…

1 comentário:

littlegirl disse...

É admirável como sonhar pode ser tão real e nos provoca emoções tão magnificadas.

Chateaste-te com os teus amigos?