sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Olá boa tarde, tudo bem? Tenho uma coisa nos dentes




Passou 1 ano, 3 meses e 27 dias desde a última verdadeira estupidez alucinogénica que escrevemos. Pensei, para grande tristeza minha, que a secção tinha morrido cá em cima, mas como não diz a minha mãe, bom neurónio à casa torna. Vou aproveitar antes que se vá novamente:

Na primeira pessoa, hoje, falei de palavras e de beijos pequeninos com uma strange person. Como as próprias palavras eram sobre beijos pequeninos, no fundo, no final, hoje, falei de beijinhos. Parece que há quem se irrite intrinsecamente com a palavra 'jinhos' e, se existe uma pessoa que se irrita, existem certamente muitas mais. Para essas (que já expliquei à outra) passo a explicar. 'jinhos' não é mais do que um beijinho sem o 'b', que é a contracção labial apaniscada, vulgo consoante-sopra-na-palhinha, através da sibilante cool ‘j’. Para os que ainda não fecharam o browser, exercitem-se na pronúncia das seguintes palavras:

1. jjjjinhos
2. bbbbbeijo
3. beiiiiijo
4. jiiiinhos

A primeira é claramente a mais cool. Eu chamo-lhe o beijo Martini com som (e sem polegar).
A segunda, pela contracção facial-ó-labial, é sem dúvida a mais apaniscada.
A terceira é médio apaniscada com sorriso no meio (conforme o tom vocal empregue).
A quarta é a mais estranha porque envolve demasiados dentes à mostra.

Por esta altura, 'jinhos', foi comparada, para meu grande espanto, ao grupo etimológico onde estão presentes, por exemplo, kiduxo e migo. Kiduxo não sei o que seja mas faz-me lembrar um animal empalhado. Migo sempre me soou a nome do meio de Judas.
Jinho não é mais do que tipo de beijo a despachar. É, ao mesmo tempo, menos que um beijinho mas muito mais do que isso. Um beijinho, só por si, já é uma coisinha pequenina, tipo um chocho literário e nós, pessoalmente, não somos fãs dos chochos, nunca fomos, nem mesmo naquela fase de experimentação da pré adolescência. Arrisco mesmo a dizer, sem qualquer tentativa de me mostrar másculo e suas variantes, que saltei directamente para o beijo, linguado e outros familiares de França. Ahhh o túnel do colégio... primeiro beijo: 8 anos! Ela tinha 10 e as amigas vigiavam a entrada do túnel. Era, como agora, o mais pequeno dos 6 e vestia um bibe laranja. Ela envergava um magnífico bibe verde e nunca tinha chumbado. Que misto de saudades e pena por não ter aberto os olhos e ficado com uma memória mais acentuada do acontecimento.
Resumindo e terminando, espero apenas que alguém leia isto no meio de muitos olhos, isto, assumindo que como nós, está completamente no papel da análise muscular da coisa e tenha por isso, o mesmo resultado inquisidor do ambiente circundante, de como quem avalia um louco. Olá boa tarde, tudo bem? Tenho uma coisa nos dentes.




Nota de rodapé: detestamos vivamente a palavra beijinhos quase tanto como detestamos 'jinhos', 'kiduxo', 'fofo', 'migo' e um sem número de outras que me dão vontade de, pacificamente e na maior das calmas mas com bastante força, partir os dentes a quem as profere.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Paz Interior



Não se sabe bem porquê mas está lá, presente em cada mais momentos do que desejaríamos, num (aparente) infinito eco de pequena dimensão, que mói... que insiste... que repete e repete e, repetidamente, paira sobre nós entranhando-se numa incómoda voz omnipresente.
Depois, o tempo passa e a loucura aumenta, espalha-se, entranha-se ainda mais e corrói o que falta roer. Agora, a normalidade é ouvir e o estranho é o silêncio.
Somos mesmo aquilo que desejamos ser: aquilo a que nos propomos, não pelo que nos precisamos de convencer, porque nem sempre é o que queremos, mas pelo que sabemos que queremos.
Já sei!
E numa chegada: o silêncio...
Já sei!
E num pensamento: o silêncio?!
E as cores do mundo são diferentes, onde os únicos tons de cinzento são uma névoa que paira, que flutua, ora mais leve que o ar, ora, por vezes (raramente), mais pesada. As vozes imperceptíveis, são agora sopros de suspiros airosos que não sabem roer, porque não têm corpo nem voz.



terça-feira, 23 de agosto de 2011

Subconsciente




É pelo nosso próprio sono que o subconsciente não nos deixa dormir. Fala-nos em susto, grita-nos em silêncio de caras tapadas e rosna-nos ao pasmo.
Eu, que não me lembro da última vez que sonhei, que me canso do mundo para não sonhar, que tenho medo dele e o torno alcoólatra para que durma, sorrio ao mundo a preto a branco. Nos meus não sonhos de não sono, ainda sou bicho. Lavo-me em formato esquizo de pensamento dividido, unilateral, comunicando sem ser comunicado.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Zéquinha




- Tu é que andas de SLK não é?
- Yah.
- Então e quando tiveres filhos?
- Compro um a Diesel.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Génio do norte



- Se pudessem escolher uma mulher para se apaixonar loucamente por vocês quem é que bocês escolhiam?

- ...
- Eu escolhia a Hilary Clinton... debe ser espetacular ter esse tipo de poder e dizer, "enbia o sudão cu caralho!"


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

2cv




- Que tal esta ?

- Não gosto. Tem os olhos mto afastados da cara.
- É... Parecem os farois de um dois cavalos.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

perceções mal observadas



- A Inês era a miúda mais gira da festa.
- Não, não era. Era era a da saia mais curta.



quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FooOool.e




Ás vezes apetece-me comprar um bandoneón só para ter o prazer de o desfazer em pedaços de pontapés musicais, a um murro por oitava!
Uma simples ideia, é quanto basta para destruir o pensamento. Por sua vez, muitas outras vezes, um pensamento, é quanto basta para fazer surgir uma ideia.
Uma lagarta concertina de raciocínio que dá vontade de bater só por ousar alterar-me o ritmo cardíaco!
O pior suplício do homem, é uma espera e a pior categoria em que se pode alguma vez encaixar, é o cinzento.



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Guardada nos Rascunhos





Hoje acordarei cheio de coragem!
Pronto para enfrentar o mundo e lhe mostrar quem manda. Com a coragem que acordarei para ensinar o mundo, aconselhar a todos - que todos me parecem procurar o conselho. Aparentemente, é em mim que a verdade vive e, por isso mesmo, ensino e mostro e sorrio a sabedoria do óbvio e do teórico, aquela de que todos parecem precisar.
Deste lado logo se vê... se via, porque hoje, hoje cuidarei de mim. Curar-me-ei, completar-me-ei mais um pouco e comigo mesmo, e farei ainda um pequeno acrescento.
Corajoso, vou denunciar o interior e viver para a lua ao sol. Vou aprender a voar, a crescer e a aparecer, e vou dizer que estou ali, e aqui e ali, sempre e ao mesmo tempo.
Hoje, vou dizer que sim e não ter medo do não.
Vou ser pensamento em voz, corajosa presença numa vulgar coragem que julgo ser só minha e, no derradeiro e final acto, corajoso, como sempre acordo e me deito, carrego no vermelho e leio todas as nobres intenções numa única fralda: "Guardada nos Rascunhos".