terça-feira, 31 de março de 2009

NowyWarszawa - Cap3 - Poznań

Sai como chegou. Pela estação.
As dúvidas estão praticamente desfeitas assim como a sensação de precipitação. Sente-se bem porque sente que é realmente um post scriptum, uma conclusão que apesar de não ser necessária ali, era obrigatoriamente necessária. Mais uma vez, como em toda a viagem, sabe que aqui, continua a não estar sozinho.
Para eles as despedidas estão feitas, mas lembra-se que uma despedida é sempre uma despedida. Quando é uma que não se quer, aí, não interessa que seja por umas horas, semanas, meses ou muito menos anos, custa sempre e nesse momento, não há solução. Custa, ponto e a eles não estava a custar mais do que uma despedida normal.
Agora é a vez da Narradora interromper a narração e não ter palavras. As lágrimas já não são as dele, embora ainda lá estejam escondidas e é por isso mesmo e nesse instante, que sabe que atingiu o tempo máximo. O tempo máximo de voltar e voltar novamente. O tempo limite que uma árvore tem, para formar pequenas raízes num vaso e se pegar à terra.
Enquanto abria uma janela e observava, mais uma vez uma despedida, sentia as raízes a formarem-se. Sorria em frente para quem estava do outro lado. À sua direita olhava para A Narradora nos braços de um dos comboios que a veio buscar e ficava sério, engolia em seco e olhava novamente para fora da janela e sorria mais uma vez. Subitamente, pensou haver algo de estranho nesta despedida, algo o estava a inquietar mas tão depressa como o pensou deixou-o de pensar, simplesmente por não fazer sentido.
Duas horas e muito de caminho para recuperar folgo, secar lágrimas, falar falar falar, passar a risos e repetir tudo desde o primeiro falar, até chegar.
Novo destino: Poznań. Outro Wrocław mas a três. Completamente diferente, pensava. E ainda bem. Já está!
Mais uma estação, igual a muitas outras mas muito diferente. Mais calma, mais alegre, embora escura. Diferente e melhor, sentia.
Ao aproximarem-se da saída um grito. Chipirooooon! Claro! Afinal havia mesmo algo de estranho na despedida. As pessoas, faltavam pessoas. Mas já não faltam. Estão todas aqui e não consegue fazer mais, ou menos, do que sorrir, porque a verdade é que está contente. Congelou num sorriso mas podia ter congelado, como elas, num espanto. Um espanto por pensar se será mesmo verdade, embora o saiba que é, mas que não o é possível espantar.
Mudança de planos. Não haverá noite calma nem haverá descanso, ainda não. Não consegue deixar de pensar o quão fantásticas são as pessoas que conheceu e naquilo que acabaram de fazer.
Tram no sentido contrário. Bus no sentido certo. Baixa da cidade. Ah, By the way, Hostel. Mais uma noite em conjunto, mais uma despedida antes do dia, depois mais um dia e mais um sorriso de horas e mais horas em que as raízes estão perigosamente perto da terra. Por agora, não pensa nisso.

segunda-feira, 30 de março de 2009

NowyWarszawa - Cap2 - Nova Varsóvia (part2)

Na nova Varsóvia por se deitar tarde não se levanta mais tarde, mas mesmo assim os cartoons estão fechados. Na faculdade de Belas Artes da nova Varsóvia há quadros pelo chão, desde a entrada até ao telhado. Na nova Varsóvia as fotos são a 3D e os bolos da rua fantasma são gigantes, mas fazem mal ao humor da Narradora. O mau humor na nova Varsóvia só dura 10min. Na nova Varsóvia há sereias que habitam junto de pontes que se desligam quando a atravessamos. Na nova Varsóvia há uma nova Old Town com um Metal bar e novos amigos. O quarto jantar na nova Varsóvia é quase de graça e é acompanhado com Vodka e se se pergunta o que é, responde-nos um porco. Na nova Varsóvia a discoteca mais pequena tem 17 m², a dona chama-se Magda e está fechada. Em substituição existe uma disco gay que faz as delícias de qualquer hetero. Tomba Tomba na pista... Tomba Tomba no jacuzzi... Tomba Tomba no bar... Tomba Tomba no varão.
Na nova Varsóvia, pela manhã, há mentes brilhantes que te acompanham e sugerem ir molhar o pé ao Wisła, há mentes mais ou menos brilhantes que sugerem cair no calçadão e há mentes novamente brilhantes que sugerem tomar o pequeno almoço numa taça de muesli com frutas que mexem, enquanto decorre a maratona da primavera.
Um sonho! pensava ele enquanto dormia apenas duas horas.
A nova Varsóvia é um musical do Michael Jackson, Thriller - Live. O quinto jantar da nova Varsóvia é internacional e nesse dia descansa-se um pouco pela primeira vez.
Na nova Varsóvia há cemitérios judeus e as malas demoram mais de um dia a fazer. As malas levam roupa de meses mas que nunca foram vestidas, roupas que são desdobradas só para serem observadas pela primeira vez em meses e logo dobradas para viajarem. As ruas da nova Varsóvia têm 30 folhas de papel a pedir para à Narradora para não sair do país. Na última festa da nova Varsóvia por um preço fixo, bebe-se o que se quiser, assina-se uma bandeira, vira-se o barco e vai-se dormir.
Esta é a nova Varsóvia...

sexta-feira, 27 de março de 2009

NowyWarszawa - Cap2 - Nova Varsóvia (part1)

Já o sabia, porque já o tinha experienciado. Até tinha tentado não alterar esse hábito, mas mesmo assim estava espantado com a sua capacidade de resistência ao sono. A mente não quer e o corpo aceita e se a mente não quer porque o corpo deixa. E sabe que os próximos dias serão assim, enquanto o corpo deixar e a mente quiser, ninguém dorme nem ninguém pára.
Consciente de que o tempo, desta vez, está contado, entrega-se ao plano da Narradora. A Narradora tinha um plano e nesse plano não havia nenhuma referência a dormir nem tão pouco a parar. Esse plano tinha um nome: NowyWarszawa. Era um plano alternativo, inimaginável e fantástico que iria ficar registado para sempre. Embora ainda não o soubesse ou sequer suspeitasse, a nova Varsóvia em nada substituía a antiga, mas, talvez por ser nova ou por ter sido posterior, era muito melhor que a anterior.
A nova Varsóvia tinha um café nas nuvens, com nome de hotel, onde se bebem cappuccinos. Na nova Varsóvia o primeiro jantar é num palácio e a noite celebra-se num Park.
Park. Nome que escutou todas as semanas no passado, mas que nunca tinha sido mais do que um nome. Como tudo nesta viagem e neste plano, o que apenas tinha um nome agora iria ter uma imagem. E esta tinha mais do que uma imagem, tinha várias. As imagens de quem não sabia do seu plano, do seu post scriptum e por isso, ficaram registadas pela surpresa da sua presença. Pelos gritos embriagados do seu nome num Park intransitável de gente, pelos abraços, pesados mas calorosos de saudades, num Park que de oxigénio tem pouco.
Na nova Varsóvia há palácios e as cervejas de dia são quentes e à noite são frias. As festas são tricolores e à escolha: verde, amarelo ou vermelho. Na nova Varsóvia A Narradora tem mel e existe uma abelha preta.
Mas a nova Varsóvia também se junta à antiga, junta-se naquilo que para ele é antigo mas para que para quem o acompanha é novo. No seu trajecto ex-diário nada mudou e revê-o apenas com um sorriso na cara, mas para A Narradora, é um submundo escondido, dentro da nossa própria casa. E sabe-lhe bem, também ele, ter algo para partilhar. Na nova Varsóvia existe uma cidade dentro da própria cidade, uma zona, para ele nova, com nome de capital, onde a nova Varsóvia começou. Tudo começou por esta zona, onde nas melhores vistas dormem vagabundos, por serem pessoas de alto conhecimento dos melhores recantos das cidades e as igrejas católicas viram ortodoxas. Nesta zona, as estátuas cantam e tocam e dançam e acima de tudo, divertem. E muito. Nesta zona, as poetizas são de bronze. Na nova Varsóvia o terceiro jantar não são Tortillas. Na Opera da nova Varsóvia espera-se duas horas para entrar e nesta Opera para além de se ouvir e dançar tocam-se tambores. Na nova Varsóvia a noite não acaba quando sol nasce, acaba quando se acaba de puxar o Luzztro ao escuro, onde já de dia, o ar não se respira, empurra-se para dentro de tão denso que é e ao som de 150 batidas por minuto. Na nova Varsóvia o pequeno almoço toma-se antes de deitar. Na nova Varsóvia o pequeno almoço é um maravilhoso arroz de frango.

quarta-feira, 25 de março de 2009

NowyWarszawa - Cap1 - A Narradora

A estação está agora vazia. Procura mas não encontra ninguém. Procura mas só vê o que já conhece. Mas por pouco tempo, pois ao longe encontra um dos motivos do regresso. A Narradora. Podia ser qualquer coisa, ou tudo o resto, mas neste momento, para ele, ela é a inventora da narração, a contadora de histórias de todo o tipo, com ou sem palavras, é simplesmente, A Narradora.
Ainda está tão agitado que não consegue desfrutar do reencontro, só consegue pensar, e se... e meio nesse pensamento meio na realidade, repara na cidade em redor. Está novamente onde já esteve e pensou que não voltaria num futuro tão próximo. Onde fechou um capítulo para abrir outro mas precipitadamente resolveu fazer um post scritpum antes de o abrir. Estavam curiosos antes de partir e continua curioso. Mas mais uma vez não está só pois descobre que partilha a curiosidade.
É tempo de descansar. Ou seria se conseguissem. O corpo diz-lhe que a altura para descansar já passou, como que se de um ciclo se tratasse e se não houver descanso na altura correcta de um ciclo, paciência, há que esperar pelo ciclo seguinte. Esperemos então. Conversemos.

NowyWarszawa - Cap1 - O Pianista

The village awakes...

Aterrou e subitamente preocupava-se com a ausência de preocupações. Estava tudo demasiado normal e isso, não o tinha previsto. Mas lembrou-se que também não tinha previsto o contrário, não tinha previsto nada.
A viagem estava longe de terminar, por isso, deslocou-se no escuro da noite já conhecida e até agora estranhamente normal. Não estava só, e naquele momento, era algo que o confortava e o ajudava a passar, o que agora achava precipitado, mas outrora não o tinha sido. Longe disso.
O cenário mudava mais uma vez e embora não acreditasse, mas admitisse a sua existência, ficou espantado com a sorte, destino ou simplesmente acaso da nova companhia. O pianista. O pianista que falava como eles, com eles, para eles e com ele próprio. Um pianista que tinha pouco de músico e muito de artista, que tinha partido para o Peru e voltado mais músico, um pianista que trocou, a droga e o álcool, pelo piano e a levitação e agora viajava com eles. O pianista contava histórias que os faziam rir mas que por respeito não o faziam. O pianista dizia que tinha adormecido e sonhado que não se podia mexer, dizia que era a alma dele que vagueava... O pianista falava de coisas que ele próprio só tinha descoberto à pouco e isso fê-lo esquecer a precipitação e relembra-lo que existem coincidências, embora não acreditasse nelas. O tempo estava alegremente a correr e três horas tinham voado.
Tempo de parar o tempo, na última hora do pequeno primeiro capítulo e tentar dormir a primeira hora de viagem.
O calor quase insuportável, mas destinado, supostamente ao conforto, não os deixa dormir. O pianista dorme agora, de alma serena e sem levitar.
Altura de sair e reatar uma antiga realidade. Na mesma tudo normal. De repente, um aperto no coração, um injectar de adrenalina em doses fora do normal. A carteira ficou no comboio! Deixa tudo no chão e corre sem pensar no meio de uma estação parada à espera que algo aconteça a olhar meia indiferente meia surpreendida por alguém correr tanto e tão preocupadamente no meio dela. Escadas inteiras tornam-se pequenos degraus e escadas rolantes tornam-se passadeiras. O comboio ainda está parado mas assim que o avista ouve um som tenebroso, o apito a assinalar que o comboio pode andar que tudo está bem para começar a viagem. Mas não está, por isso pede ao dono do apito que se encontra ao longe, na linguagem mais universal que conhece, a gestual, como quem pede um desconto de tempo a meio de um jogo, para esperar e sem aguardar confirmação, entra. Não reconhece a carruagem e depressa se apercebe que é por não ser a correcta. Salta. Sai, novamente a gesticular para o apito, agora mais perto e entra na carruagem seguinte. Apesar das 20h de viagem, praticamente sem descanso, concentra-se para se recordar da cabine correcta. Acerta à segunda mas já está ocupada por alguém que já dorme, aparentemente confortável. Novo aperto no coração. Não encontra nada. A sensação de que o comboio já se encontra em movimento é constante mas o mais importante de tudo é a sua carteira. Todo o dinheiro, os cartões, a identificação, a sensação de não poder sair daquele país até ter uma nova, o dinheiro, os cartões, os talões, as recordações. Tudo. E de repente, como que acabada de ser colocada por alguém naquele mesmo instante, ali está ela. Em cima do banco onde já a tinha procurado antes, onde à uns minutos atrás tinha descansado os pés. Serena, à vista de todos, em cima de um banco.
Sai a voar, banhado em suor e ainda agitado, mas desta vez, numa agitação de alívio. Repara que está a tremer quando sobe a mão para agradecer ao apito, agora já junto dele. Mil e um agradecimentos e um afagar nas costas chegam. O apito, sem expressar qualquer emoção, acena com a cabeça e novamente apita e o comboio segue e também ele segue, agora calmamente, até às malas que ficaram no chão da estação...

terça-feira, 24 de março de 2009

Venho já...


Hoje ficam todos calados a ouvir. Hoje mando eu!

Preciso de ti! Preciso de ti só mais uma vez... pelo menos. Eu juro que é desta! Só mais esta e deixo-te em paz.
Só mais um copo (ou dois), só mais um pouco de cinzento que o teu branco já lá vai, mas aceito o que tiveres.
Não quero mais sol, não quero mais solidão, não quero mais calor.
Só nós os dois e o mundo.
Cura-me !

Até já Varsóvia.

sábado, 21 de março de 2009

Hoje é dia 21 de Março

Mas que chatice.
As coisas que sabemos em atraso. Hoje soubemos, que hoje, já passaram 21 dias desde o início do mês de Março. E como tal, hoje, é dia de uma série de coisas. É dia de tanta coisa, que nos questionamos se será possível haver tanta coisa por dia, todos os dias, durante 365 dias.
Aparentemente é. Mas felizmente ninguém liga nenhuma.
Mas o que faz do dia 21 de Março um dia tão especial?
À parte de o meu primo fazer anos, hoje celebra-se um dos melhores dias de todos os dias dos 365 dias. O Dia Mundial do Sono. Não nos conseguimos lembrar (também não houve grande esforço) de melhor dia para celebrar do que o dia mundial do sono. Mundial! O que o torna num dia em que, mais do que dormir, podemos dormir todos juntos. Em qualquer lugar do mundo, qualquer pessoa, de qualquer nacionalidade, religião ou sexo, pode celebrar este dia (à excepção daqueles que sofrem de insónias). E em conjunto. Seja dormindo juntos ou não dormindo.
Vamos, pela primeira, celebrar o dia mundial do sono, dormindo.

sexta-feira, 20 de março de 2009

O nosso horóscopo (imaginário)

Uma amiga minha disse-nos, para grande orgulho nosso, que já tomava o pequeno almoço a ler, não o Público, que passou para 2º lugar, mas O Meu Amigo Imaginário. Temos muita pena pois ela ainda é nova parecia ter mais personalidade que isso. Uma alma perdida.
No entanto lembrou-nos de uma coisa que 82.5% da população Portuguesa faz assim que põe as mãos no primeiro jornal do dia. Ver o seu horóscopo (e o dos outros não vão os sacanas dos astros por os Capricórnios com desejos suicidas).
E por isso não vamos fazer um horóscopo… vamos fazer, O horóscopo!
Após (muito pouca) pesquisa encontrámos tanta parvoíce que temos tema de escrita até ao final do mês. Passo a publicidade, mas em http://astrologia.sapo.pt/ há lixo que nunca mais acaba.
Mais sucesso usando as cores na semana – Perceba a mudança na sua energia se usar a cor certa.
Camisa rosa choque e uma calcinha verde fazem as fadinhas realizar todos os seus desejos.
O Caminho – Como um simples trilho de bezerro pode reflectir o comportamento humano.
Especialmente se o humano estiver embriagado e cair várias vezes sobre a merda que o bezerro for deixando… cair.
A Pobreza – Como a pobreza e a riqueza dependem muito da forma como são encaradas.” Finalmente uma que concordamos. Até acrescentamos, “a pobreza e a riqueza são… coisas subjectivas, abstractas e que só existem na cabeça das pessoas. E no Porche que tenho estacionado na garagem”
Sons do Silêncio – O segredo para se tornar uma grande pessoa.
Não resisto. 1º segredo: Se está a ler num site de astrologia, como se tornar uma grande pessoa, então se calhar está no caminho errado. Errado ou inverso ?
A pessoa certa – Talvez Deus queira que conheçamos pessoas erradas antes de encontrar a pessoa certa.
Ou talvez deus queira que digamos coisas do género, e o maluco sou eu.
Estava aqui o dia todo…

Encontrámos finalmente horóscopos por encomenda. É só registar e já está.
Nome: Omeuamigoimaginario
Data de nascimento: 10 Fevereiro de 2009
Local: Coimbra
Etc
Para um horóscopo completo necessitamos de ter mais de 6 anos. Nem no BI nem na cabeça. Terá que ser o "Horóscopo da Criança". Comecemos:
Talvez os pais cheguem a pensar que seu filho é uma criança de temperamento invulgarmente equilibrado e coerente, imune às mágoas ou destituída de necessidades emocionais próprias. Na verdade, ele não é nada disso. Entretanto, Omeuamigoimaginario tem um ponto de ebulição [...]
Omeuamigoimaginário tem um ponto de ebulição. É como a água portanto. Para mais há que carregar em [...] que não é mais do que um, queres ler mais então paga. Pagas mas podes escolher o idioma, entrega online ou em impresso & encardernado (acho que é uma versão do encadernado mas mais mística), entre outras opções que perfazem, 46 euros e 95 cêntimos por favor.
Não são muitas as crianças que nascem com um código interno de ética, coisa que vários adultos não conseguem criar numa vida inteira. Mas Omeuamigoimaginario é dotado de visão e de ideais, talvez ainda não elaborados, mas autênticos e já arraigados nele. Ele não sabe lidar […]
…com a parvoíce dos outros, só com a própria e a dos amigos. Calma. Dotado de visão e ideias? Não está mau não senhora.
Pais possessivos ou superprotetores poderão ter uma certa dificuldade em entender Omeuamigoimaginario […]
Aqui é só mesmo substituir o ‘Pais …’ por ‘Os habitantes do planeta terra’.
Passemos à adolescência.
Quando está com um grupo de amigos, você pensa no grupo como um todo, e não somente em si mesmo. Isso poderá causar problemas para você, se suas necessidades entrarem em conflito com outras do resto do grupo. Você defenderá qualquer um que não esteja sendo tratado de forma justa.
Diz isso a eles.
A quem? A mim?
Não pá tá a falar comigo…
Você sente que o amor é um tipo de serviço.
De facto para os meus amigos imaginários, sexo, só a pagar. E como não têm dinheiro, fica todo só para mim.

Não fossemos nós saber da história de uma pessoa que escreve (ou escrevia) os horóscopos para um jornal conhecido, que não vamos divulgar o nome (mas podemos adiantar que é Diário e é de Coimbra) e cuja atribuição diária de texto astrológico, que rege a vida de milhares de pessoas do concelho, era completa e totalmente random, ao calhas, à sorte, começávamos a acreditar em astrologia.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O frio espevita

Isto assim não pode ser. Por certo ainda ninguém reparou, mas está um calor lá fora que não se pode. Estamos em Março!
Nesta matéria estamos no pior país possível (noutras também mas não gostamos muito de fugir do tema, ainda que ele não exista... ou de nos queixarmos). E nós, obviamente e sem surpresa nenhuma, temos a solução.
Primeiro temos que pensar naquilo que queremos.
É cultura geral que o frio espevita. E se o frio espevita, o calor amolece, empapa, cansa, fatiga, tira a roupa, molesta, despe-te, importuna, aborrece. No fundo o calor é uma chatice.
Hoje encontrámos um amigo na rua. Apesar de não ser um amigo de ocasião, calhou falar do tempo. Não sabemos porquê e tão pouco foi para preencher silêncio. Mas lá calhou. E ele dizia algo como, este calor assim não dá, como é que a malta trabalha assim, o calor é para beber um café com gelo.
É muito fácil. Chegamos ali à zona de Caminha e começamos a descoser o tracejado até Melgaço, descemos até à Portela do Homem, viramos à direita para Guadramil e depois é sempre a eito (seja lá o que eito for) até Castro Marim. E ficamos à deriva. Só falta encontrar um spot interessante.
Aqui, apesar da sobrelotação dos terrenos mundiais, temos algumas escolhas. Ou revivemos os descobrimentos e vamos à volta ter novamente com os nossos hermanos, que sejamos verdadeiros, até nos têm dado jeito, e isso implicaria descer pelas Áfricas e voltar a subir. Agora vemos que ou atracamos em Malta, que não dá jeito nenhum, ou fazemos do tacão da bota um lago e juntamo-nos à Albânia e à Grécia. Até podia ser interessante mas para mudar tem que ser para melhor. Além de que não resolveria o problema inicial. O calor.
Siga para cima. Para nós a melhor solução poderia passar por ficar naquele cantinho de Espanha com França. Juntávamos Sagres a Bilbao e nem tínhamos que mudar o nome ao Allgarve, reaproveitando a Serra do Caldeirão para uma luxuosa (não fosse isto o Algarve) estância de desportos de neve. O vinho Alentejano passava a ter características do de Bordéus (atenção que isto É um ponto negativo). O problema seria ter que perder um pouco o litoral e grande parte do Minho só para nos encaixarmos na costa Francesa. Quase perfeito.
Só temos mais dois cantinhos disponíveis. Ou nos juntávamos a Inglaterra, dávamos-lhes Cascais que já anda morto para falar Britishguês, Porto, Benfica e Sporting lutavam pela permanência na Premiership e os restantes clubes passavam directamente para a 3ª liga Inglesa, passávamos actuais 3/4 do país a costa e vivíamos da pesca (roubando o bacalhau à Noruega) e com chuva todo o ano, ou, púnhamos o Minho a fazer fronteira com a Dinamarca, o litoral norte com a Alemanha (e consequentemente mudávamos a capital de Lisboa para Freixo de Espada à Cinta que se desenvolveria 500% num ano, ficando assim igual a... Beja), resolvíamos os problemas das cheias dos Holandeses com o atracar da serra do Marvão e faríamos disparar a taxa de suicídio, no litoral Sul (pela pouca 'vergonhagem'), com a proximidade de Barrancos a Amesterdão. O problema principal está resolvido e ainda temos mais valias. Temos vencedor?

E agora o tempo:
Céu pouco nublado ou limpo, temporariamente nublado por nuvens altas.
Vento fraco a moderado (10 a 30 km/h) de sueste, soprando moderado a forte (30 a 55 km/h) com rajadas até 80 km/h no litoral da Região Sul e nas terras altas até meio da tarde.
O céu vai estar azul até ao final da semana. E o campeonato também.

terça-feira, 17 de março de 2009

Hoje magoámos um amigo

Há dias assim. Mas não devia haver. Dias em que mais vale estar calado. Dias em que mais vale estar quieto. Dias em que se calhar pensar duas vezes antes de fazer seja o que for, faria o nosso dia mais feliz (ou menos infeliz).
A profeta da minha vizinha do primeiro esquerdo por vezes diz, com a sua sabedoria habitual, como se de uma ciência exacta se tratasse, "Um mal nunca vem só, menino". E é verdade.
Como que por mistério, como se fosse uma entidade física, com corpo presente, como se existisse, uma... coisa, parece vigiar a nossa vida, armazenando, catalogando e coleccionando acontecimentos, para, de repente, Toma lá disto! Ai estavas-te a rir? Ri-te lá agora!... e espera mais uma horinha, quando estiveres recomposto, que eu já te dou outra vez.
É bem feito porque mais valia estar calado, quieto e pensar duas vezes antes de fazer seja o que for.

Há pessoas que têm a mania que têm piada. E o problema é que ás vezes têm. E isso dá-lhes um estatuto. Um estatuto de brincarem e puderem dizer aquilo que lhes apetece, porque, no fundo, todos aqueles que os conhecem, sabem que é a brincar. Só pode ser. Porque outra razão diria ele uma barbaridade destas?
Porque está a brincar !
E assim se magoa um amigo...

Desculpa.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Coffee is my friend. Where’s my nicotine patch ?!

Um senhor chamado George Jean Nathan outrora escreveu: “I drink to make other people interesting”. Curiosamente não ficou muito conhecido por esta frase. Nem por esta nem por outras…
Já outro senhor mais conhecido, mas um pouco pior, não por ter dito algo mais interessante mas por ter escrito uma imensidão de livros sobejamente apreciados por todo o mundo, Stephen King, escreveu um livro chamado Cujo (Cão Raivoso). Até aqui tudo bem, não fosse ele não se lembrar de o ter escrito….
“Não fui eu que o escrevi.. foi a minha amiga Cocaína”.
Podemos subir ainda mais na tabela da importância literária: "Sometimes too much to drink is barely enough." - Mark Twain.
Houve de facto um número considerável de pessoas que não regulava muito bem e ficou conhecida por isso.. ou nem por isso, mas pelo menos sabemos quem foram (é o caso do primeiro senhor de hoje).
Não regulavam muito bem porque consumiam umas coisas engraçadas e depois escreviam outras coisas ainda mais engraçadas. E o melhor é que se começasse-mos a escrever o nome delas (os que pelo menos se sabe) ficaríamos com uma lista demasiado extensa. E os que sobram, são os verdadeiros loucos (Hemingway era bipolar).
No tempo em que as drogas eram legais (ler em Português e não em Brasileiro) a inspiração esvoaçava até pelos cantos recônditos do mundo.
Claro que ainda há escritores engraçados, mas não é a mesma coisa.
Claro que também há o álcool mas sejamos honestos, não é como uma seringada e já está… um 'pill' debaixo da língua e não se fala mais nisso… Um fungar e estamos servidos. Não! Esse é para beber até alucinar. Apesar de hoje em dia serem raras as pessoas que não bebem álcool… até cair, muito mais raras são as que bebem até alucinar (E ainda mais as que o fazem e escrevem, como o nosso Fernando Pessoa).

Embora haja mentes equivocadas (mas nem por isso menos iluminadas) que nos confundem, por vezes, com algo parecido com o genial (poderia dizer, modéstia à parte, mas não fui eu que falei), conseguimos manter alguma distância para a malta anterior.
As drogas ainda não apareceram (embora o seja muito difícil de explicar, a algumas pessoas depois de conversarem connosco) e em seu substituto está 1 café. 1 só e apenas. Dos fortes e chega.
Dá, pelo menos, para escrevermos algumas coisas parvas e na melhor das hipóteses, idiotas, a estas horas.
Ah espera, disseram-nos agora mesmo que também podemos ter HTA (hipertensão arterial) com o café.
Dá para alucinar com isso?

domingo, 15 de março de 2009

Men are a girls best friend

Pelo menos os cães não o são de certeza, pois esses, já estão reservados ao homem. Deixem-nos alguma, da pouca, dignidade que nos resta!
Podem (eventualmente) não o ser para sempre mas batem os diamantes aos pontos. Seguramente nenhuma mulher vai discordar connosco (não valem lesbianas, solteironas de 50 para cima, mulheres acabadas de sair de um relacionamento de pelo menos 4 anos e assassinas psicopatas com desordens do foro emocional).
Os meus amigos imaginários são todos homens. Talvez à excepção de um mais... alegre, mas que até dá jeito, desde que apenas se prenuncie nas ocasiões apropriadas. De qualquer forma não há grande perigo, porque se fala quando não deve, é espancado pelos outros.
Mulheres: Os homens são os vossos melhores amigos!
Porque no fundo vocês não têm amigas. Conhecem é pessoas, do mesmo sexo, que à primeira oportunidade devoram de uma só vez, com pequeno e delicado arroto no final, que em nada tem a ver com falta de educação, mas sim com um enorme bom proveito. E o que sobra? Homens (e alguns animais e plantas em casos mais problemáticos).
Para o bem ou para o mal, quer queiram quer não, os homens são os melhores amigos das mulheres. Somos verdadeiros, gostamos de vocês pelo que são.

Graças a uma recente teoria que desenvolvemos com um amigo nosso (um dos poucos não imaginários), começámos todos iguais. Isto é, as mulheres são homens que em certo percurso da evolução humana, levaram um valente chuto nos Tomates (com 't' grande). Foram para dentro, passaram a sopranos, o rabo empinou ligeiramente para trás, devido, obviamente, à agoniante e quase insuportável dor que por sua vez, alterou o seu feitio e maneira de estar na vida para... fiquemo-nos por, diferente (aqui há que escolher muito bem as palavras).
Isto tudo, claro, após milhares de anos de evolução. O chamado, por inúmeros e celebres historiadores, o período "pós-chuto".

Onde é que nós queremos chegar com isto tudo ?
A lado nenhum.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Trocaram-me por um par de sapatos


(Um não.. cinco!)

Não gostamos de dançar.
Mas gostamos de música.
Gostamos de música e de pular.
Gostamos de música e cantarolar.
Gostamos de música com tudo e gostamos de música com todos.
Gostamos de nos mexer, com ou sem música,
mas não gostamos de dançar.

Mas gostamos de te ver dançar.
Gostamos de te ver dançar, com, ou sem música.
Gostamos de te ver mexer e gostamos de nos mexer contigo.
Gostamos de nos mexer contigo com música, mas principalmente,
gostamos de nos mexer contigo sem música.
Gostávamos de gostar de dançar, mas não gostamos!
Não insistam !
...
Danças comigo?

quarta-feira, 11 de março de 2009

LSD - Light? Sound? Dance?

Ontem fomos beber uma caneca.. de água. Sempre nos disseram que drogas e álcool não se devem misturar. São aquelas informações que todos sabem e ninguém questiona. É assim e já está!

-Drogas? Nunca consumi mas dizem que com álcool ainda é pior.
-Porquê?
-'Tão... porque faz mal..
-Mal a quê?
-...mal...

Mas também nós, somos ignorantes.
No final da caneca... de água, eis que surge um missionário, um apóstolo, um peregrino, um enviado com a mais nobre das missões, em forma de panfleto avermelhado, com o título: LSD.
Depois de um olhar atento reparamos que a espécie de ilustração não é mais que "A Luz". Uma suposta luz divina vinda dos céus... mas em tons avermelhados.
Neste momento havia 3 alternativas, "oh homem ponha-se a mexer!", "oh homem sente-se aqui e beba uma caneca... de água connosco" ou "muito obrigado".
Ficou o muito obrigado e deixa cá ver isso.
"Os efeitos aparecem 30 a 40 min após consumo e duram 8 a 12 horas."
Uoooh!! 12 horas !?! 'Ca trip!!
Não, não, não! As drogas fazem mal!
Parte dos efeitos:
"Distorção da realidade, ilusões, alucinações (auditivas e visuais), sensibilidade (a cores e sons), experiências místicas, delírios e flashbacks".
Tirando os flashbacks estamos com medo que tenhamos caído num caldeirão de LSD (que nem um Obelix) tornando-se a nossa poção mágica. Mas mágico num sentido cogumelo.
Senão, vejamos: qualquer um dos efeitos é diário!
Como se não bastasse, os flashbacks são, "voltar a experienciar a vivência tida com a droga sem a voltar a consumir, que pode ocorrer semanas após a ingestão da substância".
Portanto quando falam em efeitos de 12h estão no fundo a ser um pouco redutores...
Continua o panfleto, "...não esqueças, os efeitos podem ser imprevisíveis. Consome em locais calmos e com pessoas nas quais confies".
"O LSD afecta a digestão, por isso não consumas logo após a refeição"

Onde está o 'não consumam porque faz mal!'. Já sabemos o que faz, mas não dizem que faz mal ? E faz mal a quê ?
À digestão !
(que de resto explica uma certa flatulência após cada refeição).
Calma.. há mais. O grand finale.
Termina assim, "Não uses LSD se tens problemas psicológicos" mas se usares não há problema porque mesmo que não consigas ter discernimento para tal não vão haver problemas sociais de maior porque nunca ninguém vai reparar na diferença sem e sob o efeito (reparar onde terminaram as aspas).
"Recupera energia nos dias seguintes ao consumo. Faz uma alimentação nutritiva e rica em vitaminas!!!".
Isso isso, descansar. Já não basta seres drogado és também um inútil.
"O maior perigo" não "é alteração total da percepção da realidade". É a leitura deste panfleto.
Malta jovem e influenciável já tem um novo breakfast of champions:

LSD com um Pankreoflat.

terça-feira, 10 de março de 2009

Artista Convidado #2

Eu uma vez recusei-me a fazer um trabalho cujo o temo era: 'Porque o mar é salgado?'
e fui dizer ao professor que, excluíndo as duas hipóteses mais populares, a resposta era óbvia.
Ao que ele respondeu, 'quais hipóteses?'
-'Ou é por causa do bacalhau ou por causa do esperma das baleias.'
...
Felizmente ele achou piada

R.

segunda-feira, 9 de março de 2009

*click*

Mandámos instalar um botão ON/OFF. Daqueles que ora estão ON ora estão OFF, portanto desde já se compreende que não é um botão qualquer.
É imperativo, apesar de ser contra natura, que a condição humana se reja por botões assim.
Tentem acompanhar: Estamos a falar de um botão que quando premido, rodado, esticado, ligado ou desligado bloqueie tudo que está nesse momento a mais. E por tudo referimo-nos tudo sobre o qual o nosso cérebro tenha controle. E como estamos a falar de malta mais ou menos humana, tudo é mesmo tudo.
Hoje dava jeito um botão desses. *click* e já está... OFF! No feelings for everyone !!

Um de nós acabou de cometer um motim e atreveu-se a questionar tal maravilha, que por certo faria o mundo moderno (e os outros), evoluir a uma taxa de crescimento, no mínimo, 10x superior à actual... que neste momento é perto de nula por isso reformulamos: 100x !!
Está para aqui a dizer que seríamos animais, seres desprovidos de sentimentos, aquilo que nos distingue de tudo resto, que a aparente calma que um botão destes traria seria utópico pois ninguém gosta de não sentir seja o que for.
Insensível. Enforcámo-lo pois não admitimos revoltas.. aqui dentro é uma ditadura. Mando eu ! (e eu, e eu, e eu, ...).
Este botão é genial!

Só nos falta compreender porque é que não funciona.

sábado, 7 de março de 2009

Se calhar os meus amigos imaginários conhecem os teus...

Há uns anos, uma amiga dos meus avós, crente da reencarnação, resolveu, creio que apenas para satisfação própria (e para gozo dos próprios) investigar, ou seja lá como se descobre, o que supostamente foram numa vida passada.
Pormenores à parte no final sabe-se que ambos reencarnaram e numa vida passada, o meu avô foi tecelão e a minha avó foi enfermeira de guerra de um povo nómada. Como se não bastasse o pormenor da 'enfermeira de guerra' conseguiu ainda precisar que o foi, de 'um povo nómada'.
Também nós andámos a investigar.
E o que descobrimos ?
Nada !
Portanto, conjecturemos: o meu avô era um artista. Além da profissão que mantinha era pintor nos tempos livres, escultor e no geral um homem com um sentido artístico bastante apurado. A minha avó... bem a minha avó era e é uma santa.
Conseguimos desde já estabelecer um paralelismo, entre artesão para artista e enfermeira de guerra para santa. Mais que um paralelismo, uma evolução do espírito (se calhar chama-se outra coisa mas chamemos-lhe espírito só para simplificar - almas reencarnadas, não se ofendam!), que de certa maneira era de esperar, a menos que fosse um espírito altamente limitado (burro!) e não aprendesse nada em meia dúzia de centenas de anos.
Tentámos ter a mesma linha de raciocínio para nós e chegámos apenas a uma conclusão:
somos a junção de um cão vadio (talvez um Retriever) originário de Veneza do lado esquerdo da praça de São Marcos com uma pomba albina cujo ninho se situava na torre do relógio astronómico em Praga com um maluquinho que escrevia livros de pernas para o ar com as unhas do pés, nas paredes da cela onde estava institucionalizado e na qual recebia choques eléctricos 3 vezes por semana. Está um pouco nublado o sítio preciso deste último... espírito...
Pensamos que haja mais envolvidos mas vão variando ao longo do dia por isso devem ser apenas interferências.
Lamento mas não conseguimos saber mais pormenores.
Ão!
Cuquerru!
ói?

sexta-feira, 6 de março de 2009

Já está.
E agora ?

quinta-feira, 5 de março de 2009

Artista Convidado

#1
JT - Duas linguagens universais: Nonsense e sexo.
- ...
JT - Percebeste ?
- Não.
JT - Então toma!
- AAAAaaaaaahh!!
JT - Mais baixo que as paredes são finas!


#2
- What a diarrea!
Que é como quem diz, a(s) merda(s) que aprendo contigo...

JT - Diarreia é uma coisa muito simples de preparar.
Junta-se água e já está.

domingo, 1 de março de 2009

3 e 3 faz 33

Ao longo da história, poetas, escritores, artistas no geral e outros tantos inspirados das artes foram usando o número 3 com uma carga simbólica. Ou então apenas com o intuito encher espaço. Vá-se lá saber o que é um senhor que bebia absinto até cair para o lado queria dizer ou se alguém que fumava droga até ver Alicante se referia ao 3 de alguma forma especial ou simplesmente à forma que a linha branca de apresentava na mesa.

O número três é considerado um número sagrado, o número da perfeição.
Os elementos corpóreos e os espirituais consistem em três partes, começo, meio e fim. O mundo completa-se pelo três, como disse Trismegistus: harmonia, necessidade e ordem.
O ciclo do tempo fecha-se em três, passado, presente e futuro.
O triângulo é a primeira figura geométrica produzida por linhas rectas e este é um dos símbolos do divino, do sagrado.
As três dimensões humanas: corpo, mente e espírito.
Nas obras de Fernando Pessoa, o número três, remetia para a união entre Deus, o Universo e o Homem, representando por isso a totalidade. Tese, antítese, síntese. As fases da existência: nascimento, vida e morte e a perfeição formal: introdução, desenvolvimento, conclusão.

Nós gostamos mais de pensar no 3 com outra carga simbólica, também ela já mítica. Ménage-à-trois, perder os 3, com 3 dedos insultamos alguém em praticamente qualquer lado do mundo.
Mas também para nós este número foi de grande importância e teve um grande significado nas nossas vidas. 3 é o número mínimo para sermos aprovados na Polónia. Foi o número de pessoas por quarto. 3 foi o número de Portugueses que foram juntos e 3 foi o número que Portuguesas que se juntaram.
Já chega!
De resto, não quero que te tornes Cristo aos 33 mas era bom que esse simbolismo todo pudesse ser aproveitado por ti, meu irmão. E a dobrar...
Ainda que não leias, Parabéns!, por escrito.