sábado, 28 de fevereiro de 2009

FilipCaPolla voou em Ryanair

Na década de 60, 70 e até morrer em 82 um senhor, que como tantos outros génios, apenas o foi reconhecido como tal, após a sua morte, escreveu sobre coisas que só os mais ávidos leitores de ficção científica podiam tragar. Coisas fantásticas como cartão sim de um telemóvel, chamadas em vídeo conferência, viagens à lua, uma sociedade organizada e dependente de máquinas, enfim, coisas que nunca vão pegar e que serão sempre consideradas nada menos do que a mais pura das ficções.
Claro que coisas simples como transmissão de pensamento e estado "half-life" (um estado pós morte onde poderíamos comunicar com alguém.. cemitérios é coisa do passado) também são referidas.
Philip K. Dick.
Não ?
Então se nós dissermos, Blade Runner? Total Recall? Scanner Darkly? Relatório Minoritário?
Sim, isto foi tudo escrito por ele há uns valentes aninhos atrás.
Neste momento estamos a ler uma obra do Filipe (assim para os amigos.. e leitores de mais-ou-menos-aficionados para cima), Ubik, recheada de descrições mirabolantes, uma histórica fantástica (q.b.), para quem gosta do género ou não está em fase de romances.
Algo comum no mundo inventado e descrito pelo livro é a economia sustentável de qualquer edifício, divisão ou simplesmente aparelho, através do pagamento de uma determinada quantia. Por exemplo, para abrir e fechar uma porta é necessário obedecer à voz de comando desta para que seja paga uma taxa de fecho/abertura podendo-se mesmo estabelecer uma mini conversa com a porta:

"...e dirigindo-se vigorosamente para a porta do apartamento, rodou a maçaneta.
A porta recusou-se a abrir. Disse, 'Cinco cêntimos, por favor'.
Procurou nos bolsos. Sem moedas; nada. 'Eu pago amanhã', disse para a porta.
Novamente tentou rodar a maçaneta. Novamente recusou-se a abrir. 'Aquilo que pago' informou, 'é como uma doação; eu não TENHO que te pagar'.
'Eu penso contrário', disse a porta. 'Veja no contrato de compra que assinou quando adquiriu este apartamento' "

E quem diz porta de entrada/saída do apartamento diz frigorífico ou chuveiro.
E porquê isto tudo ?
Porque primeiro, gostamos de partilhar conhecimento (mesmo que não interesse ao menino Jesus, que já não um menino mas isso fica para outro post) depois porque hoje lê-mos uma notícia com o título, "Ryanair vai cobrar a utilização da casa de banho nos aviões".
Algo de familiar ?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vende-se Smart

Indo eu, eu, eu,
A caminho de Viseu,
Encontrei um Esperto morto,
Ai Jesus que lá vou eu.

Ora Vruumm Vruumm Vruumm,
Ora puff puff pás!
Ora chega chega chega,
Ai que já não chegamos lá!

Oásis

O oásis do frio mês de Dezembro desvaneceu. A outrora aguardada miragem, do futuro imaginado, mas longínquo e conscientemente distante, evaporou-se no aproximar da realidade. Não passou de um oásis isolado nos solitários meses que o rodearam ?
Já o imaginávamos. Aliás, já nos tinham avisado!
Mas queríamos crer que não... Não pode ser !

Tudo muda.
Infelizmente ?
Se calhar, infelizmente era ficar tudo na mesma. Há que evoluir e para o ser humano (mesmo imaginário) a mudança será, quase sempre, sinónimo de estranheza, de incómodo e por isso mesmo, rejeitada de início sem qualquer sentimento de remorso. Pelo contrário. Acompanhada por uma sensação de alívio de que nada mudou.
Mas não pode ser.
Mas não queremos que seja... grrr...
Não podemos ser egoístas ao ponto de mudar e não deixar que tudo o resto mude só para nosso (bom) proveito.
grrr...
Será este (um dos) o preço da liberdade ?
Estamos à procura de um novo oásis. Cheios de sede, sem bússola, sem ninguém além dos nossos "eus" desconhecidos a nós próprios, e ainda por cima em pleno final de Fevereiro.

Se alguém me vir que grite... se faz favor...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Karnawał

Matámos um tigre e enfiámos a cabeça dentro de um saco de carvão.
Quando lá chegámos,
O Noddy dançava com a Batwoman,
A Lolita com o esqueleto,
Uma borboleta, quieta com o homem das cavernas e
O Robin dos Bosques atirava setas a uma peça do Cats.
As crianças riam pelos cantos enquanto a Máfia se diverte no outro lado da cidade...
Bah... Casa!
Ugh!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

5 - Madeira

5 - Madeira

"Last month, the President of Madeira, Alberto João Jardim, won for his country a dispensation from the European smoking ban. Establishments can now choose to permit smoking indoors, as long as they comply with a few rules regarding non-smoking staff and patrons.
As a smoker himself, who was recently caught flouting the law by lighting up in a banned area, Jardim’s mission to free up the smoking habit seems to have paid off."

in 'easyjet Inflight February 2009' by Samantha Cox

Estivemos demasiado tempo fora... Madeira não só já é país como mudou de sítio.
De resto tudo igual.

No país dos tugas

Acho que por esta altura nos podemos considerar algo experientes em relação a viagens de avião (viagens em geral, mas de avião também). Ele foi Polónia, Inglaterra, Espanha, Alemanha, enfim, cada um muito característico e muito próprio relativamente a cada tripulação.
Espanha -> Polónia foi o vôo mais calmo que tivemos. Não se ouvia vivalma e o silêncio chegava a incomodar (talvez por sermos tugas).
Mas sempre que chega um regresso a casa somos os campeões da desordem. Falar alto e bom som, fazer questão que todos ouçam a nossa conversa (só as supostamente interessantes, obviamente), atrasar o vôo porque um BI ficou na mala de porão (ou então não veio e nesse caso somos os campeões da trapassa) ou simplesmente ficar à conversa com alguém e prelongar uma despedida, esperando uma frase no monitor que diga, "Last call to..." (ups !).
Há 4 meses que não ouviamos mal do nosso país e, embora num segundo, sem pensar, pareça saber bem, rapidamente nos relembramos o quão idiotas somos (não no sentido do dicionário, de muitas ideias mas de... simplesmente, idiotas!).
Também nós somos tugas, por isso, mal seria se não nos queixasse-mos. A verdade é que não há coisa melhor do que voltar a casa (até há... e muitas) mas por pouco tempo. É como dizem os outros (não sei quem mas alguém já disse concerteza):

"Portugal? É bom para passar férias!"

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Os meus amigos imaginários

Tivemos todos uma conversa.
É bom ter amigos assim, daqueles que nunca partem, nunca falham, nunca deixam de estar presentes, tão verdadeiros ao ponto de puderem dar maus conselhos.
É bom não experienciar no singular e poder sempre partilhar e crescer junto de alguém (de preferência 'alguéns').
Enquanto souber distinguir os imaginários dos verdadeiros vou-me conseguindo manter na fina linha entre a insanidade e a saúde mental.

Ah, by the way, o meu amigo imaginário diz que tu és maluco.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O cúmulo

O cumulo da preguiça é não querer pagar 0,80€ para ir a uma casa de banho pública e esperar que o próximo comboio pare para ir.
O cúmulo de ser estúpido (diferente do cúmulo da estupidez) é deixar que o comboio arranque.
O cúmulo do azar é à escolha: Ou a próxima paragem ser a 100Km de distância, ou a primeira carruagem a ser controlada ser a nossa ou termos deixado a carteira com o amigo, no casaco que tem o nosso telemóvel. . .
Estamos curiosos se espera, chama a polícia ou não dá pela nossa falta...

Ressaca

Feliz ou infelizmente (nós achamos felizmente) já experienciámos uma vasta gama de ressacas. No entanto, nunca uma destas. Nem a sabíamos existir desta forma: Ressaca de pessoas.
Há saudades e há ressaca.
Diferença ?
Bem, saudades são saudades e ressaca, ... é ressaca.
Uma frase típica usada no modelo Minessota (o dos 12 passos - e não ainda não sou um AA) é
"Olá, eu sou o Fulano e faz 2 meses que não bebo" (também já consegui mas não me lembro do dia a seguir...)
Aqui é diferente, é mais,
"Olá, nós somos o João, Varsóvia ficou para trás à 5 dias e faz 7 que tenho pessoas na cabeça".
Pena a psiquiatra Musa não querer exercer... pode ser que valha a pena investigar.

Nunca ressacámos tanto tempo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Berlin em checo diz-se... Berlin !

Não somos muito de histórias na 1ª pessoa mas, excepcionalmente, aqui vai.
Deixamos Praga. Sem descrições sucintas ou grandes pormenores, fica um "está muito bem, havemos de voltar... seguro".

1h p/ comboio
Esperando o tram eis que avistamos os nossos vizinhos de hostel do outro lado da estrada, esperando também eles um tram, mas no sentido oposto.
- Devem ir para o aeroporto.
- Acho que o aeroporto é para este lado...
- Então estão mal.. ahahahah.. Americanos !!

50min p/ comboio
E lá vamos nós, com as nossas mochilas de 30L de peso variável (+2Kg por cada 10m) percorrer a cidade para apanhar um comboio para Berlin.

30min p/ comboio
Chegamos à estação principal e nada de Berlin nos monitores. Lá vai o João perguntar ao ' (i) '. Dão-nos um timetable de todos os comboios que vão para Berlin. De nada serve.
- Quieres que vaya a perguntar yo ?
- Vale
...
- Hi. How do you say Berlin in Czech ?
- ...(pausa). Berlin in Czech is Berlin and in English is... Berlin.
- ...(pausa). I don't find the name on the monitor
- Perhaps that's because there are other train stations...

ALA VÁ !

20min p/ comboio
Iluminação divina: Há outra estação de comboios em Praga !
- y ahora ?
- ...
- voy a perguntar novamente.
Mi hay dicho que de metro son 10 minutos para nuestra estacion.

Ala que se faz tarde!
Pernas para que te quero!
Corre que ainda o apanhas!

15min p/ comboio
50 escadas da estação de metro são bonus x2 no incremento de +2Kg por cada 10m e vamos agora em cerca de 40Kg nas costas e 30Kg nos troleys. Ah! E estamos no lado errado da linha por isso há que subir novamente, trocar de lado e voltar a descer. O que vale é que trouxemos o robot Luís 3000 que aprendeu a orientar-se no metro de Praga em menos de 1min.

11min p/ comboio
Podia-se atrasar... isso é que era.
Lançando o pânico® digo que se não apanharmos este só temos outro 2h depois e chegaríamos já com o hostel fechado... uufff..

2min p/ comboio
As portas dos metro abrem-se. Tempo de escolher a esquerda ou a direita.
- Seguimos este que também vai de malas - digo.
Mais escadas. Perdi a conta aos Kg e o Brufen para as dores de espalda está a deixar de fazer efeito.
Pelos vistos estamos a seguir um alemão e perguntamos,
- We are looking for the train station.
- I think it's around here somewhere...
Pânico !! Ele não sabe onde é !!
Luís 3000 tem rede no GPS.

1min p/ comboio
Está à espera na linha 3. A última do longo corredor de plataformas.
Luz ao fundo do túnel
...
...

- Alguém trouxe cartas ?

P.S. - Os Americanos iam para Berlin.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Praha

Vão !

É a viagem dos executivos que comem bocadilhos, contam coroas (0.03€) e dormem no céu.

O dia a seguir

É geralmente igual ao anterior.
Ou pior, se nos virmos ao espelho...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dia não

Por vezes tudo começa com um dia não.


E como writting (usually) set's me free (mesmo que esteja mal escrito) aqui vai uma tentativa de me libertar, quando tal é necessário, ou simplesmente apetece.
Terminado o trzyerasmus aqui vai a libertação no plural.

Aos que lá ficaram... e vieram conosco.






Os Meus Amigos Imaginários


- PRÓLOGO -