sábado, 7 de março de 2009

Se calhar os meus amigos imaginários conhecem os teus...

Há uns anos, uma amiga dos meus avós, crente da reencarnação, resolveu, creio que apenas para satisfação própria (e para gozo dos próprios) investigar, ou seja lá como se descobre, o que supostamente foram numa vida passada.
Pormenores à parte no final sabe-se que ambos reencarnaram e numa vida passada, o meu avô foi tecelão e a minha avó foi enfermeira de guerra de um povo nómada. Como se não bastasse o pormenor da 'enfermeira de guerra' conseguiu ainda precisar que o foi, de 'um povo nómada'.
Também nós andámos a investigar.
E o que descobrimos ?
Nada !
Portanto, conjecturemos: o meu avô era um artista. Além da profissão que mantinha era pintor nos tempos livres, escultor e no geral um homem com um sentido artístico bastante apurado. A minha avó... bem a minha avó era e é uma santa.
Conseguimos desde já estabelecer um paralelismo, entre artesão para artista e enfermeira de guerra para santa. Mais que um paralelismo, uma evolução do espírito (se calhar chama-se outra coisa mas chamemos-lhe espírito só para simplificar - almas reencarnadas, não se ofendam!), que de certa maneira era de esperar, a menos que fosse um espírito altamente limitado (burro!) e não aprendesse nada em meia dúzia de centenas de anos.
Tentámos ter a mesma linha de raciocínio para nós e chegámos apenas a uma conclusão:
somos a junção de um cão vadio (talvez um Retriever) originário de Veneza do lado esquerdo da praça de São Marcos com uma pomba albina cujo ninho se situava na torre do relógio astronómico em Praga com um maluquinho que escrevia livros de pernas para o ar com as unhas do pés, nas paredes da cela onde estava institucionalizado e na qual recebia choques eléctricos 3 vezes por semana. Está um pouco nublado o sítio preciso deste último... espírito...
Pensamos que haja mais envolvidos mas vão variando ao longo do dia por isso devem ser apenas interferências.
Lamento mas não conseguimos saber mais pormenores.
Ão!
Cuquerru!
ói?

6 comentários:

Anonymous disse...

E estou crente que se conhecem mesmo.
As vezes dou por mim sossegadinha na minha vida e eis que surge uma vontade incontrolável de dizer ou fazer (o que o vulgar adulto considera) asneiras. Há pouco tempo descobri o porquê: são os teus amigos imaginários que desafiam os meus. E essa trupe de malucos que se forma, naquele lugar imaginário que só os mais brilhantes conhecem, arrasta.me para estúpidos devaneios.
São os nossos amigos imaginários. Fico feliz por se conhecerem.

littlegirl&friends

João disse...

Espero que não falem muito com o Ronny...

littlegirl disse...

eheheheh o ronny é de morte.

André disse...

Eu não tenho amigos imaginários. Eu próprio sou produto da minha imaginação. Qd quero fazer asneiras faço por mim mesmo. Ou talvez o meu alter-ego as faça. Os amigos imaginários poderão ser as nossas vontades e desejos incontroláveis de fazer algo q gostariamos de fazer mas não assumimos e não fazemos por uma série de razões (sociais essencialmente) ou por barreiras criadas por nós próprios incutidas através da nossa educação e que ao longo da nossa experiência de vida se vai moldando sob determinados aspectos e trajectos q vamos percorrendo. Quantos de nós não temos o nosso Tyler Durden ?

Almeida disse...

Tu um dia andas à luta contigo mesmo...
ou será que já andas....
(sim, é para ti André)

André disse...

Almeida,
larga a bebida. Maybe you might have a moment of claravoidance...