sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

cócórócócó.


Um dia (se algum dia o for) quando for pai, hei-de, de vez em quando, só para o chatear, responder ao meu filho enigmático e misterioso.
Mas só após ter ganho algum estatuto. Tipo deixar ferver, ficar ali a marinar a relação pai filho, toma lá dá cá e de repente! Uma resposta nos queixos que o deixa a pensar uma semana. Como se não bastasse (e porque de certeza que sairá ao pai) viro costas e acaba a discussão, só porque eu me vou embora e não há mais nada a acrescentar ao queixo dele, deixando-o a corroer-se.
Assim um pouco como a minha mãe, mas como já não vai dar para ser mãe na próxima década, fico-me antes por pai...




(...)
-Oh mãe, 'tá bem!!!! Já percebi!!! Já me disseste isso três vezes!!!
-E se for preciso digo 4.
-Sim, se me quiseres chatear...
-Eu sou muito mãe galinha... nem imaginas quanto.
(pausa)
-...se sou teu filho...
(sorrisos)
-somos todos uns expatriados.
(toma lá as costas e fim de discussão)

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