sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A década da partilha, by OMAI



Evoluímos para a perfeição.
Era bom, mas não. Evoluímos é para o improvável caos, aquele que seria mais certo de acontecer mas por uma qualquer razão não se dá. E se o caos pessoal não atinge, não faz danos nem baixas, além da singular, o caos social por si só, é devastador. O incómodo em massa.
O caos não está só na desordem, está no aproveitar da ordem anunciada dos outros. Por isso mesmo, estão cada vez mais reunidas as condições para o caos e a culpa é do índice de avaliação individual. Passamos a explicar:
Nos anos 80/90 foi o quociente de inteligência que ditou o evidenciar de cada. Um QI elevado era sinal de genialidade por sobressair, entre muitos, os medianos, como alguém intelectualmente mais evoluído. Era de única importância uma capacidade de raciocínio elevada e de um encadear lógico aliado ao domínio das faculdades visual-espacial não verbais. Um génio dominava os hemisférios do seu cérebro!
Com o passar dos anos, chegando ás décadas de 90/00, com as depressões geniais, os loucos, surgiu um factor avaliativo para ajudar à definição de grande ser pensante. Perfeito perfeito, seria ser-se um génio emocionalmente estável e equilibrado. Ora chamemos-lhe quociente emocial, que torna qualquer indivíduo de QI elevado, num de sensibilidade desenvolvida e, ao mesmo tempo, capaz de tomar decisões baseadas na tolerância, fundada na capacidade de compreensão. Um génio dominava todo o seu cérebro e o sistema nervoso!
No começo de mais uma década, um outro parâmetro começa a sobressair, sendo olhado com  alguma relevância na avaliação do indivíduo. As redes sociais, que a poucos escapam, teve, por esta mesma razão, uma grande influência nesta nova evolução avaliativa. Junta-se aos anteriores, o quociente social. Já não é necessário ser-se genial e um grande controlo emocial não basta. Temos de o ser isso tudo, também em comunidade, capazes de uma interacção social que nos destaque. Um génio domina as massas!
Vivemos na década da partilha. Todos querem partilhar, contar, mostrar, dizer, exibir, falar... Olha! Olha! Olha! E pegou. Em muito pouco tempo, de estaca, pegou. E pegou porque somos muito curiosos e, de repente, toma lá tudo o que queres saber. Quando é que a curiosidade acaba? O que acontecerá? É só mudar a fórmula e inventar outro quociente.


Sejamos anacoretas e nada disto interessa. Mas vivamos para o mundo em redor, contrariados ou não, mesmo que o criticando, e joguemos pelas regras.
Para nós, a evidência pessoal está na consciência de tudo...
Sendo considerados aclamados visionários, podemos adiantar que em 2020, falar-se-á do quociente consciente, que não é mais do que a capacidade de estar consciente a toda a sociedade. Senão, veja-se: Inteligência -> controlo da inteligência pelo controlo emocional -> controlo emocional em comunidade -> consciência dos QIs+QEs+QSs que nos rodeiam (QC).
Só por isto, só assim sem mais nada, acho que já mereço um Nobel...

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