segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ensinamentos da vida


Ensinamentos da vida: Burro velho não aprende línguas: perde-as.
Olhando-me ao espelho, reparo que há sempre uma face mais iluminada do que outra. Geralmente, a que está do lado da janela.


Ensinamentos da vida: Não se compram bolos ao Domingo.
Os meus sapatos nunca acabam iguais. O direito, estraga-se duas vezes mais depressa do que o esquerdo.


Ensinamentos da vida: Os problemas dos outros perdem sempre dimensão face aos nossos. 
Mais: pior do que andarmos chateados, é sermos os únicos a sê-lo. Pior ainda será não termos razão, embora saibamos que, sempre que assim o é, nunca o admitimos. Só um chalupa pode admitir tal confissão por não temer o abandono físico e a repressão pela não razão.

4 comentários:

Anónimo disse...

Ser Feliz Ou Ter Razão?

"Oito da noite, numa avenida movimentada..
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.
O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.
Ele conduz o carro.
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita.
Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber:
- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...
E ela diz:
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!"

Chalupas são aqueles que preferem a razão, mesmo sabendo que não a têm... Esquecendo-se de que a vida é muito maior do que qualquer outra razão.
Afinal, para que serve a razão? Apenas uma desculpa para nos abandonarmos e deixarmos de ouvir a voz da razão do coração.

João disse...

Conheço a história usada muito, como outras idênticas, no coaching. Por aí ser necessário ser objectivo, directo e compreensivo, não é possível falar em metáforas, meias palavras e lirismos imaginários. Mas eu posso. Eu, aqui, posso tudo.

E por isso, aos meus olhos, neste post de 3 partes, o sarcasmo da 3ª apenas diz: eu não só quero, como sou chalupa.

Chamamos os mesmos nomes a categorias diferentes. Apesar de "Anónimo", obrigado pelo comentário.

Catarina disse...

Caro João,

Desde já, os meus parabéns pelo seu blog e principalmente pela sua capacidade inata de "brincar" com as palavras. Como o invejo!

As minhas palavras foram apenas no seguimento da sua afirmação "Só um chalupa pode admitir tal confissão por não temer o abandono físico e a repressão pela não razão.", pois pensei que alguém com a sua capacidade, não pode, de todo, acreditar em tal afirmação...!

Espero que nesse mundo das "metáforas, meias palavras e lirismos imaginários", tenha encontrado a sua felicidade.

Peço desculpa pelo "anónimo".

Obrigada,
Catarina

João disse...

Neste mundo, a felicidade inventa-se e não existe razão... o problema é o outro: O Mundo.