segunda-feira, 6 de junho de 2011

Por,


    por vezes, por uma, por sempre ou por todos os dias,
por até depois e um, dois... demasiadas ou de vez em quando...
      mas sempre por qualquer coisa.

Por um momento, por dois, por uma ou duas lembranças, por vários pensamentos,
por algumas imagens ou por outras poucas...
      mas sempre por qualquer coisa.

Pelo silêncio de momentos em cor, pela paz, pela lentidão profunda do ar que entra e pela mesma cadência de ar que sai, nas páginas brancas e num lápis, nas seguintes e numa caneta...
      mas sempre numa qualquer névoa que fica.

Pela chuva que já caiu e pelo sol que já aqueceu,
(principalmente o sol)
                                                 na terceira pessoa de pele
(sem dúvida a pele das peles)
                                                          ou na vontade do ser, no sermos nós e no não sermos,
      mas no sermos sempre qualquer coisa,
nos sonhos de agora e nos de outrora, na tentativa indolente de pensamentos, vem uma música que fica por entre os sons que se parecem esquecer e as imagens que não vão, na capacidade de recordar, de manter e  de não querer sequer perder por cima por uma qualquer e nostálgica qualquer coisa






de silêncio.



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