quarta-feira, 21 de abril de 2010

Vago

No silêncio voltam as palavras. Volta o Gin. Voltam as vozes e volta o imaginário, mas pela primeira vez, preferíamos não voltar a escrever.
Na banalidade do nada quase perdemos tudo e não é um recado a quem não ouve nem uma lição de quem não sabe. É apenas a grande ausência de uma consciência entre muitas inconsciências de tudo. É uma trégua farta, um cansar de rastos, um esgotar exausto e um gritar insonoro. É um pedido de ajuda e um esticar de mão. Uma bóia para quem não nada e um tónico para quem não dorme...
Se o vago é vagamente incompreendido, o concreto não chega.
.Não percebo...
,Nem eu...
Deixamos estragar o que não se aproveita e deitamos fora só porque já não serve. Mas o mundo não é verde e a reciclagem só é tricolor. Quando a é. A sucata está cheia e fazemos mais lixo do que nós. Crescemos os sujos que se limpam a toda a hora. Crescemos iguais e somos a moda. Vemos por um canudo alheio a vida dos outros e inspiramos o pútrido ar da regeneração.
.Continuo sem perceber
,Nem eu...
Vivemos para o amor e amamos o nada. Queremo-nos a nós de uma garfada e aos outros em degustação. Sorvemos a vida num beijo para fechar os olhos ao impossível.
,Lutemos então!
.Reciclemos.
De Gin ou de bóia, diferentes ou na moda, não importa!
Desde que não vagueemos. 

1 comentário:

littlegirl disse...

Foge... Temos Pessoa...lá prós lados de Campos