terça-feira, 27 de abril de 2010

Cobardes!

Somos os seres mais imperfeitos e escondemo-lo perfeitamente.
Crescemos a chorar, com medo, sem saber o que é o medo.
Nascemos com medo do escuro só para nos apercebermos que não é do escuro que temos medo, é do nada... do vazio e do ausente... do triste do só e dos outros. Temos medo de não ter e temos medo de perder. Chegamos até a ter medo de ser... só deixámos é de chorar.
Com os anos, passamos a fortes e conscientes, absortos do escuro e demasiado atentos a tudo para não ter medo. Sem medo!
Sem medo de estar, por isso não estamos, sem medo de viver e suicidamo-nos, sem medo de lutar, por isso fugimos, sem medo de dar e então guardamos. Tanto nenhum medo de ter qualquer medo, que não vemos que somos cobardes!

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