segunda-feira, 26 de abril de 2010

Lamento mas não sou homem para ti...

...e lamento ainda mais se não for o teu homem.
É que não sei nada de bricolage, furos na parede ou canos estragados.
Pouco sei de fios e lâmpadas e a electricidade mete-me medo. Desligo-te o quadro se quiseres, mas preferia que chamasses alguém.
Como sabes, detesto bichos e uma pequena aranha tem o poder de me fazer saltar para cima de uma cadeira. Mato-te todas as melgas que desejares, mas mais do que isso, só de lata numa mão e vassoura na outra.
Se não te importares, não me peças para fazer o IRS ou tratar das contas. Eu lembro-te...
Não como muito ao pé de ti e talvez por isso não sou forte o suficiente para te pegar ao colo o tempo que gostava. Lamento mas só consigo uma volta e meia.
Apesar de saber fazer voz grossa pouco sei discutir como um homem deve saber.
Se tivermos um furo chamo o reboque e de mecânica o meu auge foi um carro da Lego.
Sou apartidário e a política pouco me importa. O país não está assim tão mal e Sócrates só o filósofo.
É vergonhoso que não te possa dar conselhos de economia e a engenharia que sei a ti não serve.
Espero que não te importes não gostar muito de futebol. Embora a mini seja indispensável na minha vida.
O meu carro está sempre mais sujo do que o teu.
Mal me sei orientar num supermercado e as compras que faço saem todas trocadas.
O que comeste feito por mim foi um erro ou uma sorte.
E se ficares doente telefono à tua mãe!
Lamento. Não sou homem para ti!
Pois não?

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