sábado, 18 de julho de 2009

Up, up... and away!

Quando imaginamos, por vezes, deambulamos. Atravessamos a passagem do racional e fazemo-nos crer imaginados. Quando imaginamos acordados, adormecemos, perdemos o contacto com o que é e com o que deve ser, sonhando.
Quando sonhamos nunca estamos indiferentes pois na indiferença há controlo, há escolha, há o conseguir ou o querer ser indiferente. Quando sonhamos, voamos. A chorar ou a rir, mas a voar. Voamos um palmo do chão, a dois; passamos a um metro, dois; voamos sozinhos ou a dois, e de repente, voamos um pouco longe demais do chão. Fechamos os olhos e já cá estamos em cima, pensamos, como era mesmo que se aterrava?
A um palmo, a um metro ou sozinhos, era deixarmo-nos cair, mas assim…
Quando passamos muito tempo a voar perguntamo-nos se vivemos no mundo que vivemos ou no mundo que imaginamos e, só por perguntar, já não distinguimos um do outro. Quando voamos demasiado esquecemo-nos que não temos asas e, não querendo aterrar, planamos. Pioramos.
É que a voar não há fome, mas precisamos de comida para viver…
A voar não há sede, e sem água, morremos…
Lá em cima não há sono, e sem descanso, perdemo-nos…
Mas perdemo-nos contentes e morremos felizes, porque cá em cima, tudo é possível. Só custa aterrar…

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