segunda-feira, 27 de julho de 2009

Miragem


Se não há amor cá dentro, não há amor cá fora, disse-lhe. E caminhámos por tudo sem nada, sem futuro.
Mãos com mãos cheirando sonhos, a cidade gritava e nós cantávamos: é necessário gostar e é isso que vou fazer para salvar a minha ternura e o azul do mar.
Não há liberdade aos Sábados à noite, só houve liberdade ontem por isso dancemos à volta do cemitério do encanto.
Mãos com mãos cheirando sonhos, a cidade gritava e nós cantávamos: é necessário acreditar no que não importa, acordar em êxtase e chorar algumas noites.
A vida da selva é completamente absurda se não temos uma noiva, enfrentando tempestades e cobras e sonhos maus pela noite. Preciso de me enganar novamente! Não há descanso para nós, não há sono, não há confiança, não há um ombro na maré. Bebemos, dançamos, fumamos e morremos de uma apoplexia.
Mãos com mãos vivendo a vapor, a cidade gritava e nós cantávamos: somos diariamente enganados por miragens, mas é sonhar mais que dá coragem...

2 comentários:

mummy disse...

gostei imenso: tem mta força e animicamente mt profundo

Unknown disse...

:)
E assim deixo o meu simples mas sentido comentário...

Por vezes sabes que as minhas palavras não se igualam às tuas... São diferentes ainda que não desprovidas do mesmo sentimento, sentimento esse que tantas x não consigo " escrever" mas que está lá e que se torna tão fácil de ler e de compreender lendo as TUAS palavras...
(Sim eu cusco isto tudo, pelo menos em casa posso chorar à vontade que não tenho uma data de homens, num departamento qq, a olhar pra mim à espera que o faça! :D)

Adoro!
Ah!!! E Sabes-me melhor que uma pipoca mais doce... ;D*

Beijinhoosss***