sexta-feira, 17 de abril de 2009

Juro-o para ti

Jurei a mim próprio que nunca escreveria sobre ti.
Jurei a mim próprio que nunca escreveria sobre... coisas, que todos ao mesmo tempo compreendessem, por isso, vou escrevê-las incompreensíveis para os outros, para ti seria impossível.
Jurei a mim próprio que nunca escreveria sobre ti porque mais ninguém poderia ler sobre ti. Só nós. Por isso, jurámos guardar, para nós, as conversas em segredo de todos, e de ti.
Juro que um dia aprendo a passar a ferro só para te passar qualquer coisa.
Juro nunca mais plantar um pessegueiro e juro nunca mais ouvir Rui Veloso, mas não prometo.
Não prometo nunca mais escrever sobre ti, nem prometo nunca mais comer bolo de iogurte.
Prometemos sim, que não faremos ponto cruz mas ainda não sabemos se prometamos ou se juremos nunca mais ir a Tavira. O melhor é prometer porque isso, eu não juro.
Prometo que um dia te levo ao circo.
Não juro não tornar a comer melão mas juro que comerei, pelo menos, mais uma fartura.
Juro e prometo que passarei mais um fim de ano.
E releio tudo isto, faço figas, e juro-o novamente.
Juro-o!
E juro-o embora nunca tenha conseguido guardar promessas de mim próprio. Juro-o, para ti.

1 comentário:

raquel disse...

Prometo... juro... e até me esconjuro.
Mas juro! Uma vez, duas, dez...
Não deixar de te ver
Nem deixar nunca de ser
Tua amiga, tua prima...
ou um silêncio,
se ele disser tudo o que és.