quinta-feira, 1 de julho de 2010

dias

Há deles dias que gostava de gostar menos.
Uma espécie de antítese em sentimento bom,
mas por gostar demais.
Enganem-se se tal não existe,
só para que não se sintam
no desejo de um desprover emocional que desacelere o coração,
num nicho de resignação para bloquear o pensamento ocupado na saudade,
num despreocupar sentido que evite o preocupar,
algo,
qualquer coisa,
que ajude à indiferença póstuma e cultive a calmaria!

Há deles dias, como hoje,
que a saudade não passa com o desejo.
Que o não querer ser bicho de sentir
não chega para não sentir,
e,
nem a consciência de tudo me deixa a saudade
de uma outra noite de Domingo ou uma manhã de Segunda.

Há deles dias que ele aperta
e os sonhos não bastam para apaziguar a vontade semanalmente crescente de apenas,
pelo menos,
só mais um abraço.
Porque há deles outros,
dias,
que é só isso que tenho:
a vontade...
os sonhos...
a saudade...
o desejo e o sentir...

e nada consigo contra isso.

Sem comentários: