sexta-feira, 30 de julho de 2010

O futuro do par, do par de pêlos brancos



Finalizo sem referências a mestrias,
sem uma tão desejada glória,
ou o verde de um número a assinalar um feito.
Chego antes ao fim com o vermelho,
num desígnio sem a desejada memória futura do passado,
na consciência casmurra da impossibilidade presciente de outrora.
O momento,
é-o assim,
desenxabido,
numa façanha insípida,
sem digno assinalar ou celebração.

Teoricamente importante,
muito importante até,
agora,
apenas se passa num encolher de ombros suspirado,
com um resignar a significar o mais forte dos constrangimentos
e a falta dA única presença,
o mais forte dos desgostos.
Sem culpas, sem dedos e sem miras,
esta, equivale à falta da partilha pela vontade de estar,
ao desejo de um abraço luchado e,
talvez por tudo isso,
ao querer de volta um pêlo branco na testa.

Quero de volta os nossos pêlos brancos!
Misturados nos brancos de mais um ano,
mas com o voltar do seu sentido inocente do descobrimento
e do significado ingénuo que lhe atribuímos:
O par do par de pêlos brancos!

Aguardo futuros dias de descanso,
futuros passados de antes para trás,
passados futuros de hoje em diante,
ou,
simplesmente,
o futuro!

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