domingo, 14 de fevereiro de 2010

14 de Fevereiro

Uma vez, quando tinha 8 anos, cheguei a casa e disse à minha mãe - Quero um ramo de flores para oferecer à Catarina! A minha mãe, sempre disponível para financiar o amor, respondeu-me com um sorriso na cara e qualquer coisa como - E que flores é que a... Catarina gosta mais?
O resto não tinha eu bem pensado. Deixou-me à porta da escola com um grande ramo de flores (eu era pequeno, tudo era grande), um pátio cheio de miúdos para atravessar e dois andares para subir, sempre com aquilo na mão. Todo emperuado, de pequeno peito feito sempre a olhar em frente, alheio à maioria de olhares espantados e aos restantes trocistas, lá fui eu, de ramo na mão, mochila nas costas e bibe laranja vestido.
O resto é nevoeiro mental e, Catarina, se por ventura procurares o teu nome no Google e encontrares isto, relembra-me, mas penso que ficámos por aqui não foi? Tenho ideia que ainda me valeu um sorriso após espanto em cara vermelha e, posteriormente, sem querer difamar a imagem da Catarina, que nunca mais vi, um beijo.

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