segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Naquele tempo

(em resposta à Lua Nova que, por acaso, não me perguntou nada)





É a velha máxima do mais velho,
que quando revê o mundo ao espelho,
se lembra do bom do passado,
do quanto foi abençoado
antes de ser tudo diferente
e ter saudades do antigamente.


E se o mundo muda numa geração,
ficando do antes, a recordação,
porque não aproveitar agora,
para invejar outros com a sua história?
Passar a ser ele quem deixa a saudade
e se tornar, pelas palavras, uma sumidade.


Mas as saudades vão falando mais alto,
Porque tendemos, com sobressalto,
recordar apenas o agradável,
que a nossa mente, de forma incansável,
Faz questão de lá manter.
É a ilusão do, "antes, é que era viver!"

1 comentário:

V disse...

Convivo diariamente com esta realidade da saudade do passado, das memórias e da angustia por uma juventude que não volta...um corpo que já não responde às vontades mas que está carregado de experiência e de sabedoria...
Obrigada pelas tuas palavras...Sempre!
Beijo