segunda-feira, 15 de junho de 2009

SE

Somos injustos e complicados, com pouca vontade de perdoar.
Conseguimos construir algo bonito e mágico, de raiz e em pouco tempo, que só por ser novo, diferente e extraordinariamente bom, nos faz viver e entregar, também a nós, de maneira diferente. Conseguimo-nos desligar, estar e absorver tudo com um sorriso, correndo até, pequenos riscos conscientes, que apertam o coração e espalham o medo e o receio, mas aumentam o sorriso que se instalou.
E não sabemos parar. Mas quem consegue parar o que está bem? (e quem é que o quer?).
E o bonito e o mágico, o novo, o diferente e extraordinariamente bom, ficam à mercê da poderosa palavra que tem o poder de fazer tremer o mais sábio dos homens: SE.
A palavra que não é palavra mas é dúvida, e a dúvida, é injusta e complicada. A dúvida é como nós e tem pouca vontade de perdoar. SE, é a palavra que não é palavra, mais esfomeada da literatura. Um simples SE, com ou sem fome, colocado na cabeça, leva à morte, em segundos, do bonito e do mágico, do novo, do diferente e do extraordinariamente bom, construído e plantado com tanto cuidado para não encontrar um SE.
E depois o mal surge de um SE. A dor surge de um SE.
O SE é ingrato. Mas, apesar de tudo, e SE…

3 comentários:

Bellum disse...

Assino por baixo!

littlegirl disse...

Eu gosto daquele "SE" depois do hífen.

Também gosto do SE por si só. Quando há um SE, há outra perspectiva da coisa.

E também gosto de SE que vem no BI (sempre morei em freguesias da SE).

Só não gosto do vento de SE.

Mi disse...

SE, mais do que palavra, mais do que dúvida é a dívida (por vezes pesada) que o real tem com o imaginário..
Não?