quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Morte por acordeão


Morri pela música e já não sei escrever.
Para onde olhas?! Pelo que procuras!?
Eu!... Aqui!...
Eu, sem música
(é certo...)
sem sorriso,
(bem sei...)
sem verdade,
sem saber que me sobra para ter que morrer assim: o tenebroso som do teu olhar.
Que a morte me merece, mas não assim que ainda me mata mais pensar de ver passado em ti: seca-se-me a garganta, falha-se-me o ar e o teus olhos imperiais de rainha de copas, impõem-se-me e ordenam-me:

                          morte por acordeon!



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