domingo, 9 de janeiro de 2011

Pressão



Todos os sistemas em pressão precisam de uma válvula para o aliviar. Tem de haver uma maneira de reduzir o stress, a tensão, antes que se torne demasiado elevada para se suportar. Tem de haver uma maneira de aliviar a pressão, porque se a pressão não encontra um caminho, então constrói um. E explode. É a pressão que colocamos a nós mesmos a mais difícil de suportar. A pressão de sermos melhores do que já somos. A pressão de sermos melhores do que pensamos que somos. Nunca alivia. Apenas se acumula, acumula e acumula.

Quando dizemos coisas como, “as pessoas não mudam”, contrariamos os cientistas, porque a mudança, é literalmente a única constante em toda a ciência. Energia. Matéria. Estão sempre a alterar-se, a mudar de forma, a fundir-se, a crescer, a morrer. É a forma como as pessoas tentam não mudar que não é natural. A forma como nos agarramos a como as coisas foram, em vez de deixarmos que as coisas sejam o que são. A forma como nos agarramos a velhas memórias em vez de construir novas. A forma como insistimos em acreditar, apesar de todos os indícios científicos, que nada nesta vida é permanente. A mudança é constante. Como experienciamos a mudança é connosco. Podemos senti-la como a morte, ou como uma segunda oportunidade na vida. Se abrirmos os dedos, folgarmos os punhos, deixarmo-nos ir, relaxarmos, pode saber a pura adrenalina. Em qualquer momento podemos ter outra oportunidade na vida. Em qualquer momento, podemos voltar a nascer.

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