Cá dentro, não somos nada sem os outros e por isso, somos o que dizem.
Não somos o que dizemos, somos o que ouvem de nós.
Deixamos que sejamos os outros, somos a interpretação dos outros pelos outros.
Não somos o que escrevemos, somos o que lêem de nós.
E eu, sou quem me dizem ser, enquanto me importar ser quem os outros dizem.
Sou-o, até me importar ser o que os outros dizem eu ser, para então ser eu, por mim.
E tu, és quem te dizem seres, até te importares seres quem os outros dizem.
Até te importares que sejas o que os outros dizem seres, para seres tu, por ti.
Eu, sou o que me lêem, o que me imaginam, o que me escrevem e o que me dizem que sou.
Mas sou-o, porque me importam os outros... sou-o, só porque o dizem.
E volto a sê-lo só mais desta vez:
Obrigado a ti... que me leste
2 comentários:
Este foi o meu escape... o meu mundo e o meu grito. Este fui (e sou) eu, mas por mim.
Desde o dia 10 de Fevereiro de 2009 até hoje, esta foi a minha vida pelos meus olhos. Aqui, onde posso recordar tudo ao pormenor, esteve (e está) a minha vida. Aqui, (infelizmente só eu) vejo o meu passado de sorrisos, passividades monotonas e tristezas incompreendidas. Foi aqui que comecei a quebrar a minha regra e partilhei-me ao mundo e, porque era a MINHA regra, não o consegui fazer senão por lirismos, metáforas e meias palavras... por isso, fui os outros, deixei que fosse os outros pelos outros para, só para mim, ser Eu.
Termino agora essa (por vezes) tristeza de não ter conseguido ser Eu para os outros e volto ao seguro início, para me continuar em papel na realidade de que nunca deveria ter saído. Agora sei que não se calam vozes do pensamento (que depois de todos falarem gritam mais alto no silêncio) alimentado-as e por isso, Os Meus Amigos Imaginários calam-se aqui... na meta... junto de um final amargo sem ponto final
Faltaram 32 textos para os 300...
"Obrigado a ti... que me leste"
Obrigado a ti...que me escreveste
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