quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Botão de auto-destruição


Há umas centenas de anos atrás, Benjamin Franklin partilhou com o mundo o segredo do seu sucesso: "Não deixes para amanhã, o que podes fazer hoje". Isto vindo do homem que descobriu a electricidade. Podemos pensar que muitos de nós o iriam ouvir. Não sei porque não o fazemos, porque pomos as coisas de lado mas, se tivesse que adivinhar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo de falhar. Medo da dor. Medo da rejeição. Porque, ás vezes, o medo é só de tomar uma decisão, porque, e se estamos errados... e se cometemos um erro que não podemos desfazer... Seja o que for de que temos medo, uma coisa permanece verdade: Assim que passar o tempo suficiente para que a dor de nada fazer piore relativamente a fazê-lo, parecerá que temos um peso insuportável de carregar.

Temos que nos reinventar quase que a cada minuto, porque o mundo pode mudar a qualquer instante e não há tempo para olhar para trás. Ás vezes, as mudanças são forçadas. Ás vezes, acontecem por acidente a aproveitamo-las ao máximo. Temos que encontrar novas maneiras de nos constantemente reparar. Por isso mudamos, adaptamo-nos. Criamos novas versões de nós próprios. Só temos que ter a certeza que esta, é uma melhoria relativamente à anterior...

Todos ouvimos os provérbios da sabedoria popular, ouvimos os filósofos, ouvimos os nossos avós lembrando-nos sobre o tempo perdido, ouvimos os malditos poetas urgindo para que aproveitemos o dia. Ainda assim, ás vezes, temos que o ver por nós próprios. Temos que cometer os nossos próprios erros. Aprender as nossas próprias lições. Temos que varrer a possibilidade de hoje para baixo do tapete de amanhã, até já não o podermos fazer mais, até finalmente compreendermos por nós próprios, como Benjamin Franklin quis dizer, que saber, é melhor do que pensar, que caminhar é melhor do que dormir e que até o maior dos falhanços, até o pior dos mais abomináveis erros, bate o nunca tentar...


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