quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Artista convidado #6

m. - Já tentaste despejar 1 kg de sal para uma ferida? Eu já: com um pontapé num coral dentro de água do mar... péssima ideia... e explicar algumas coisas e olhar para os pontos de interrogação a crescer na cabeça das pessoas.. e ver o símbolo transformar-se em pedra e cair-te na cabeça.. sim? não?
- Não costumo ter muitas feridas exteriores... já experimentei por álcool, ora por ignorância ora, depois, por masoquismo... sal, só para bochechar (para as aftas) e corais, lamento, mas só ali os da ria formosa que provavelmente até são corais de calhau...
Não imaginas o quão fidedigna é tua exemplificação do mundo à minha volta quando eu apareço e falo. Pontos de interrogação em fade-in, quase sempre acompanhados de um irmão exclamação, também em fade-in na vertical, tornando-se ambos a negrito, de chumbo, para, quando todo esse mundo dá um passo atrás ao me ouvir, os gigantes sinais de pontuação fazerem um fade-out para, aí sim, se tornarem num ponto gigante de chumbo e caírem! Poderoso e maciço ponto caindo sobre esta minha cabeça de papel... e fico a lê-lo... lê-la...
Então mas estás num daqueles dias de por a alma num saco e gritar lá para dentro? Tipo caçar melgas com uma mão e soprar para concha da mão a po-la zonza? (certamente caças melgas assim.. à sensei).
m. - sim! num saco e soprar-lhe com umas vuvuzelas!!! É quase assim que caço melgas, mas matá-las com uma almofada também é eficaz... No Brasil vê-se em todo o lado uma raqueta electrizada para matar moscas e outros bichos da mesma natureza... já viste? um pouco sádico mas apanha-se-lhe o gosto pelo barulho! Também deve dar para apanhar almas perdidas por aí!
- Não te conheço de outra forma que não a rir e de alma puramente carioca de chinelo no pé e samba de banda sonora de fundo...
Olha, gostava de dar com essa raqueta numa série de pessoas que eu conheço... numa parte erógena de preferência porque é onde, geralmente, dói mais..

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