terça-feira, 13 de setembro de 2011

gosto




Ás vezes espanta-me o meu gosto. Não por ser divinamente apurado, refinado ou simplesmente bom, que, mesmo não o sendo, gostos, efectivamente não se deveriam discutir. Não. Espanta-me por sempre me agradar.
Não há escolha material ou artística consciente e mediamente ponderada que não seja do meu agrado. Mas o espanto não vem desta mediocridade de escolha. O espantoso está na contínua intensidade do agrado.
Poderá até haver quem diga que, tudo isto, é uma falta de personalidade artística de extremo bom gosto.



Sem comentários: