De todas as criaturas que já sonhei ser,
vampiro foi a que decidi escolher.
Humano, animal, magnífico ou horroroso,
não pelo ébrio sangue bacterioso,
mas pelo pescoço perfeito,
a que pelo menos teria direito.
Não sei pescoço, mas queria um!
Queria um pescoço para morder até ao limite do sangrar,
um que em macro pudesse observar e sentir,
o afirmar em silêncio dos poros a pedir,
à penugem de pele para se erguer,
para que, sorrindo de dor e prazer
enquanto o via se contorcer,
o trincar e novamente observar,
o ofegante recolher em choque,
da penugem de um pescoço que acusasse o meu toque.
Queria um pescoço só para mim, para brincar, provocar e fazer suar
ao som da minha respiração e ao toque do meu paladar.
1 comentário:
Já vai ficando tempo de se usar golas altas. Ainda bem...
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