Somos injustos e complicados, com pouca vontade de perdoar.
Conseguimos construir algo bonito e mágico, de raiz e em pouco tempo, que só por ser novo, diferente e extraordinariamente bom, nos faz viver e entregar, também a nós, de maneira diferente. Conseguimo-nos desligar, estar e absorver tudo com um sorriso, correndo até, pequenos riscos conscientes, que apertam o coração e espalham o medo e o receio, mas aumentam o sorriso que se instalou.
E não sabemos parar. Mas quem consegue parar o que está bem? (e quem é que o quer?).
E o bonito e o mágico, o novo, o diferente e extraordinariamente bom, ficam à mercê da poderosa palavra que tem o poder de fazer tremer o mais sábio dos homens: SE.
A palavra que não é palavra mas é dúvida, e a dúvida, é injusta e complicada. A dúvida é como nós e tem pouca vontade de perdoar. SE, é a palavra que não é palavra, mais esfomeada da literatura. Um simples SE, com ou sem fome, colocado na cabeça, leva à morte, em segundos, do bonito e do mágico, do novo, do diferente e do extraordinariamente bom, construído e plantado com tanto cuidado para não encontrar um SE.
E depois o mal surge de um SE. A dor surge de um SE.
O SE é ingrato. Mas, apesar de tudo, e SE…
3 comentários:
Assino por baixo!
Eu gosto daquele "SE" depois do hífen.
Também gosto do SE por si só. Quando há um SE, há outra perspectiva da coisa.
E também gosto de SE que vem no BI (sempre morei em freguesias da SE).
Só não gosto do vento de SE.
SE, mais do que palavra, mais do que dúvida é a dívida (por vezes pesada) que o real tem com o imaginário..
Não?
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