procuro não sei bem o quê,
sem saber o que fazer quando encontrar,
mas pretendendo
(não sei bem como)
indagar a presença em silêncio mútuo.
Esta porta que se me apresenta na procura,
não lhe toco,
não lhe bato,
nem a passo,
porque não posso passar portas que não me vêem.
porque não posso passar portas que não me vêem.
Deste meu lado,
aguardo o que só eu vejo:
a cobardia da procura pelo excesso de sanidade.
A coragem da procura
(de não sei bem o quê),
(de não sei bem o quê),
resulta do retrocesso da sanidade
e o retrocesso do passo
(ao encontrar o que procuro),
(ao encontrar o que procuro),
é o que me faz tristemente são.
Mesmo assim procuro,
e porque as portas não falam,
arrepio caminho,
e amanhã,
volto a procurar.
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