E se me obrigarem a equipar para a guerra,
Sabendo eu tudo o que isso encerra?
E se falhar em mostrar que o não soldado pode errar,
Sabendo eu que não o têm de fuzilar?
Hoje vou para a guerra como um pacifista,
Sem nada vestido como um naturalista,
De mira no peito como um derrotista
E sem esperança, como é o pessimista.
Hoje combato pelo que acredito,
Para tentar pôr fim ao inaudito.
Hoje vou nu para o conflito!
Hoje digo ou ouço, finito!
E quando uma arma em mim apontar,
Não havendo mais nada a salvar
Só porque falhei no elucidar,
Esperarei sorrindo o disparar.
Se viver, viverei para concluir,
Tudo o ficou para reconstruir.
Se morrer, morrerei a recordar,
Os tempos do não soldado exemplar.
Mas.. e se eu não quiser lutar?
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