É fácil apegarmo-nos por hábito. Diríamos (se nos fosse permitido, por isso não dizemos) que é quase natural ser-se cego ao ponto de se habituar por hábito. De ter, porque é seguro, e o que é seguro não se estraga. O que se estraga, não se suja e, finalmente, o que não se suja é uma seca! (ou um saco, dependendo da voz).
Estamos a falar de quê? Daquilo que quiserem ou encaixarem, mas podemos dizer que nos lembrámos de tal, por causa das colecções. As colecções que existem e que também nós fazíamos.
Mas acabaram-se as colecções!
Acabaram-se os objectos sem história guardados no habitual sítio especial e seguro para não sujar. Agora coleccionamos textos. Só e apenas e, mesmo esses, já estão tão sujos de más interpretações que já não são nossos… nem sabemos de quem sejam. Nem queremos saber. O que gostávamos de saber é para que servem as colecções. É que apesar de já as termos feito não fazemos a mais pequena ideia de que para que raio servem.
A mais recente colecção a ir à vida foi a de chapéus. Bem… se calhar não foi à vida, simplesmente já não é colecção.
Escolhemos por unanimidade ébria que para o sol o chapéu ideal é um caça kangaros e em duas horas o caça-kangaro-dundee teve mais histórias para contar que os 10 anos que esteve guardado de forma preciosa, cuidada e estúpida no habitual e seguro ex-sítio especial para colecções.
Caldo verde ao pequeno almoço? Só com um JAB-A-ROO na cabeça…
2 comentários:
O chapéu!!! :)
Mr. Ban, Ray Ban, is jealous.
Acabei de verificar que este é o texto nr 100!
...
pronto... só isso.
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