
Nesta matéria estamos no pior país possível (noutras também mas não gostamos muito de fugir do tema, ainda que ele não exista... ou de nos queixarmos). E nós, obviamente e sem surpresa nenhuma, temos a solução.
Primeiro temos que pensar naquilo que queremos.
É cultura geral que o frio espevita. E se o frio espevita, o calor amolece, empapa, cansa, fatiga, tira a roupa, molesta, despe-te, importuna, aborrece. No fundo o calor é uma chatice.
Hoje encontrámos um amigo na rua. Apesar de não ser um amigo de ocasião, calhou falar do tempo. Não sabemos porquê e tão pouco foi para preencher silêncio. Mas lá calhou. E ele dizia algo como, este calor assim não dá, como é que a malta trabalha assim, o calor é para beber um café com gelo.
É muito fácil. Chegamos ali à zona de Caminha e começamos a descoser o tracejado até Melgaço, descemos até à Portela do Homem, viramos à direita para Guadramil e depois é sempre a eito (seja lá o que eito for) até Castro Marim. E ficamos à deriva. Só falta encontrar um spot interessante.
Aqui, apesar da sobrelotação dos terrenos mundiais, temos algumas escolhas. Ou revivemos os descobrimentos e vamos à volta ter novamente com os nossos hermanos, que sejamos verdadeiros, até nos têm dado jeito, e isso implicaria descer pelas Áfricas e voltar a subir. Agora vemos que ou atracamos em Malta, que não dá jeito nenhum, ou fazemos do tacão da bota um lago e juntamo-nos à Albânia e à Grécia. Até podia ser interessante mas para mudar tem que ser para melhor. Além de que não resolveria o problema inicial. O calor.
Siga para cima. Para nós a melhor solução poderia passar por ficar naquele cantinho de Espanha com França. Juntávamos Sagres a Bilbao e nem tínhamos que mudar o nome ao Allgarve, reaproveitando a Serra do Caldeirão para uma luxuosa (não fosse isto o Algarve) estância de desportos de neve. O vinho Alentejano passava a ter características do de Bordéus (atenção que isto É um ponto negativo). O problema seria ter que perder um pouco o litoral e grande parte do Minho só para nos encaixarmos na costa Francesa. Quase perfeito.
Só temos mais dois cantinhos disponíveis. Ou nos juntávamos a Inglaterra, dávamos-lhes Cascais que já anda morto para falar Britishguês, Porto, Benfica e Sporting lutavam pela permanência na Premiership e os restantes clubes passavam directamente para a 3ª liga Inglesa, passávamos actuais 3/4 do país a costa e vivíamos da pesca (roubando o bacalhau à Noruega) e com chuva todo o ano, ou, púnhamos o Minho a fazer fronteira com a Dinamarca, o litoral norte com a Alemanha (e consequentemente mudávamos a capital de Lisboa para Freixo de Espada à Cinta que se desenvolveria 500% num ano, ficando assim igual a... Beja), resolvíamos os problemas das cheias dos Holandeses com o atracar da serra do Marvão e faríamos disparar a taxa de suicídio, no litoral Sul (pela pouca 'vergonhagem'), com a proximidade de Barrancos a Amesterdão. O problema principal está resolvido e ainda temos mais valias. Temos vencedor?
E agora o tempo:
Céu pouco nublado ou limpo, temporariamente nublado por nuvens altas.
Vento fraco a moderado (10 a 30 km/h) de sueste, soprando moderado a forte (30 a 55 km/h) com rajadas até 80 km/h no litoral da Região Sul e nas terras altas até meio da tarde.
O céu vai estar azul até ao final da semana. E o campeonato também.
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